Levantei-me às 3h10min. Saímos para o Aeroporto Luís Eduardo Magalhães mais ou menos às 3h30min. Fizemos o check-in às 4h10 e embarcamos para o Rio de Janeiro. Como sói acontecer a Webjet saiu e chegou no horário. Eu não sabia. A Alda tem pânico ao viajar de avião. Começou falando das portas e janelas fechadas. Eu suponho que ela tem um pouco de claustrofobia. Bastou o avião ter leve turbulência que ela se apavorou. Começou a lembrar das filhas. Olhar pela janela, nem pensar.
Tomei café da manhã no avião: um mini-sanduíche com suco de pêssego. Alda não quis comer nada. Estava de ressaca. E também pensando muito nas filhas. Chegamos no Aeroporto Tom Jobim (Galeão). Liguei para a Vera às 7h40. Papai tinha realmente falecido. Vera me sugeriu que eu fosse para o hospital em Augusto de Vasconcelos.
Ao sair do Aeroporto perguntei a um motorista de um ônibus executivo se havia ônibus para Campo Grande. Ele disse que talvez ônibus comum, na pista de cima. Lá fui eu: "como se faz para ir lá pra cima". "Por dentro do Aeroporto", responderam-me. Aí perguntei a um guarda. Ele me explicou direitinho, que seria pegar o 915 e saltar em frente á Estação de Bonsucesso e depois no trem ir para São Cristóvão fazer a baldeação para Augusto de Vasconcelos.
O motorista do 915 foi muito gentil. Primeiro, não paguei. Eu me vali da gratuidade que tenho direito devido à minha idade. Ele parou no ponto bem em frente à Estação de Bonsucesso. O trem chegou rapidinho, vazio, com ar condicionado, igualzinho ao trem do metrô. Voltei para a estação de São Cristóvão. O funcionário me informou que, especialmente naquele dia, o trem 'Parador' não estava parando ali, que eu deveria ir para a Central do Brasil.
Lá fomos, eu e Alda, para a Central. Mais uma vez voltamos. O trem também chegou rápido. Esperamos só uns 10 minutos. E demorou umas duas horas até chegar em Augusto de Vasconcelos. Lá chegando a Vera já vinha descendo a escadaria. Pegou a mala, que diga-se de passagem, era um trambolho. Eu não aguentaria tanta escada que tivemos que descer e subir. Na subida da Estação de Bonsucesso, na descida. Subida em São Cristóvão. Descida. Subida na Central. Descida. Subida em Augusto de Vasconcelos... Ufa!
Vera já havia pedido um sanduíche assado com suco de laranja. Ela pensa em tudo. Foi providencial esse lanche. Nesse ínterim o Renato chegou. Ofereci a metade do suco. Ele sorveu num gole só. Fomos para o Hospital Eduardo Rabello onde o corpo do papai estava. A Vera me disse que teve que fazer o reconhecimento do corpo. Horrível. Disse que ele fica numa geladeira, dentro de um saco. Fedia muito porque havia corpos em decomposição.
O Renato comprou um pastel para a Vera e ela ficou no Hospital para acompanhar o corpo que a Funerária levaria. Nós (eu, Renato e Alda) fomos almoçar no Bangu Shopping (antiga Fábrica de Tecidos Bangu) no que me emocionei porque a mais de 40 anos trabalhei lá. A comida estava deliciosa. Bastante variada. Salmão, couve-flor, brócolis, salada e farofa.
Acabando o almoço, fomos para o Cemitério de Inhaúma. Encontramos com o Sidney, Lígia, a mãe dela e Clarinha (a única neta presente). Depois a Vera e o corpo. Finalmente, a Tânia, a Eliana e Aninha. Quando o Flávio chegou já havia sido enterrado. O cortejo comportou ao todo dez pessoas.
O Sidney levou o Flávio em casa. A Tânia, a Eliana e Aninha foram juntas para Jacarepaguá. O Renato nos trouxe até Botafogo (eu, Vera e Alda). Chegamos em casa e fomos tomar banho. Estávamos todas cansadíssimas por causa do vai-vém diário e também o 'stress' que um enterro provoca. Mal vi a novela. Fui dormir às 21h25min. Demorou um pouco, mas o sono chegou.
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