Minha
nora Fernanda foi fazer as unhas e deixou João Gabriel e João Fernando comigo.
Um tem quase 3 anos e o outro quase 14. João Gabriel pegou um lápis e começou a
riscar as paredes e pedi que ele não fizesse isso. Ele continuou e ainda ficou
zombando da minha cara: “você não me peeega...”, “você não me peega”, “você não
me pega!” Rindo e correndo não consegui pegar. Até consegui mas fiquei com medo
do lápis entrar em seus olhos. Depois ele pegou um envelope com documentos.
Também não consegui pegar porque ele desceu as escadas correndo tanto que
fiquei com medo dele levar um tombo escada abaixo. Pedi ajuda para João
Fernando. Ele conseguiu pegar o envelope. Ficou uma pontinha na mão do peralta
João Gabriel. Ele me mostrava e ria. Não fiz nada. Depois conversando com ele,
ele me pediu desculpas. À noite, já eram 23h30min e nada de João Gabriel
dormir. Até que em certo momento ele falou assim: “não consigo, vovó”. “Você
não consegue dormir? Deita aqui pertinho da vovó que daqui a pouco você estará
dormindo”. Foi como um passo de mágica. Olhei
para o lado e ele dormia feito um anjinho. O dia hoje está meio lusco-fusco.
Abaixo vou transcrever
mais um capítulo do livro: “ A maior história de todos os tempos: a própria vida” . Leiam a crônica As Ameaças:
AS
AMEAÇAS
Em Campo Grande não existia palmatória, pelo
menos nas escolas por onde passei, ao contrário do Nordeste – na Bahia, – onde até bem pouco (década de 90) existia. Isto
pode explicar porque o resultado do ensino em Mato Grosso, estatisticamente, é
superior ao do Nordeste. Lá, sem saber, os professores aplicavam a pedagogia do
amor, da inteligência e da compreensão. As sobretudo do interior da Bahia,
aplicações da pedagogia eram do medo, da porrada, da palmatória.
Nunca vi uma palmatória. Só pela Internet.
Estou horrorizada. Como educar desta forma? Aprender tabuada assim? Vejam o
horror das imagens abaixo. Na década de 50 – não muito longe da era da
escravidão no Brasil –era usual em certas escolas o uso da palmatória. Hoje
chega próximo da permissividade. Qualquer coisa, os pais mandavam as escolas
colocar as crianças ajoelhadas sobre milho, para doer bastante. Que crueldade!
Esta era a pedagogia das escolas da Bahia. Quero crer de todo o Nordeste.
Na minha escola o máximo que ameaçavam era
colocar as crianças no quartinho escuro ou ajoelhadas. Havia realmente o tal
quartinho. Eu e alguns colegas, morrendo de medo fomos até a porta do tal
quartinho espionar o que havia lá dentro. Qual não foi a nossa surpresa ao vermos
que havia apenas vassoura, rodo, balde e algum material de limpeza. Como lá não
havia monstro algum, a ameaça passou a não ter valor. Mas continuamos a
respeitar muito a professora.
Então só para testar a professora, um belo dia
passei a responder a tabuada toda errada. “Mas Nair o que aconteceu com você?”
Ela percebeu que era peraltice minha, porque eu ria muito, e me mandou ficar de
pé, de costas para a parede, atrás da porta. Aquilo foi muita humilhação pra
mim. Vi que brincar com a verdade não é bom. Chorei muito e para completar,
naquele dia, meu pai tinha ido à escola.
Os castigos eram mínimos. As ameaças eram
muitas e preocupantes. À medida que iam passando os anos íamos perdendo o medo
(sem nunca desrespeitar os professores) e estudávamos assim mesmo porque era a
nossa obrigação!
26
de outubro de 1860, terminou a luta
de Garibaldi pela conquista da Sicília.
Em 26 de outubro de 1998, o Equador concluiu acordo de paz com o Peru em torno
da questão das fronteiras dos dois países. Em 26 de outubro 1942, nasceu o cantor e compositor brasileiro
Milton Nascimento. Em 26 de outubro de 1946, nasceu o músico, cantor e
compositor brasileiro Belchior. Em 26
de outubro de 1976, morreu o pintor brasileiro Di Cavalcanti. Em 26 de
outubro de 1993, morreu o humorista Tião
Macalé. Hoje é comemorado o Dia da Cruz Vermelha, o Dia do Músico, Dia do
Trabalhador da Construção Civil, Dia Nacional da Áustria e Da Nacional pelo
Passe Livre no Brasil.
Até
amanhã meus fiéis seguidores!
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