Na
data de hoje é comemorado o
Aniversário
da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte
Aniversário
da cidade de Vitória da Conquista, Bahia
Foto: BLOG DO ANDERSON
Foto: BLOG DO ANDERSON
Dia
da Independência do Camboja
Palácio Real do Phnom Penh
Palácio Real do Phnom Penh
Hoje
fui para a casa da minha filha. Havia sido chamado um Uber. E na mesma hora e
endereço outro foi chamado por outra pessoa. Entrei no carro errado e ele seguindo o Wazi e por
um caminho completamente diferente do que eu deveria tomar. Ele me disse mas me
foi dado este destino. Até que pedi a ele que desligasse o aparelho e que
seguisse minha orientação. Ele falou assim: “sua chamada foi cancelada e a
senhora viajou de graça”. Fiquei perplexa. Aí dei um dinheiro para ele não
ficar no prejuízo.
Café da
manhã Lanche 1 Almoço Lanche 2 Jantar
Ceia
09/11 4ª.feira
08:00 10:30 12:30 17:30 20:00 -
Chá
de erva doce kiwi salada
Pão com laranja lima -
Panetone - macarrão integr mussarela e pão
com -
- - choc.amargo requeijão salada -
Café da
manhã: chá de erva doce com panetone
Lanche: kiwi
Almoço: salada,
macarrão integral
Sobremesa: chocolate
a 70% de cacau.
Lanche: pão
com mussarela e requeijão
Jantar: laranja
lima e sanduíche de pão com salada
A
frase do dia: “Percorri o mundo sem encontrar cidade
nem país/Onde se vendesse a sorte em bazar” (SHIRAZI, Urfi apud
Jornal A Tarde, Caderno 2, de 09 de novembro de 2016. Pág.
2).
Em 09 de novembro de 1920, inaugurada a
Casa do Cantador, obra de Oscar Niemeyer.
Em
09 de novembro de 2016 (hoje), Donald
Trump é eleito o 45º. Presidente dos Estados Unidos.
Em
09 de novembro de 1944, nasceu o poeta brasileiro Torquato Neto.
Em
09 de novembro de 1969, nasceu o ator brasileiro Anderson Muller.
Em 09 de novembro
de 1983, morreu o cantor brasileiro Altemar
Dutra.
Em 09 de novembro
de 2006, morreu o jornalista norte-americano Ed Bradley; morreu também, o músico brasileiro Mário Zan.
http://recantodasgaitas.blogspot.
com.br/2014/02/biografia-de-
mario-zan.html
http://recantodasgaitas.blogspot.
com.br/2014/02/biografia-de-
mario-zan.html
Li no Jornal Folha de
São Paulo, 09 de novembro de 2016, 4ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Mundo – Trump avança sobre Hillary, e
mercado desaba”. Com bom de desempenho do republicano, incerteza no pleito
presidencial se prolongava pela madrugada.
Li no Jornal A Tarde, de 09 de novembro de 2016, 4ª.
feira, a seguinte manchete em capa: “Financiamento
– Caixa reduz juros para compra da casa própria”. Banco acompanha queda da
taxa Selic e baixa custo para aquisição de imóveis.
Li na Revista
Veja, de 09 de novembro de 2016, 4ª.
feira, a seguinte manchete em capa: “O império rachou forever” – Veja visitou
os redutos de Hillary e Trump às vésperas da eleição mais dramática da história
recente. Conclusão: seja quem for o próximo presidente, os Estados Unidos
jamais serão como antes.
Li no site SRZD, de 09 de novembro de
2016, 4a. feira, a seguinte manchete em capa: “Quem é a juíza tatuada que encara os menores infratores?”
Ela é séria, aplicada, apaixonada pelo que faz e há 12
anos é a Juíza titular da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro. Esta
carioca que será retratada aqui tem pouco mais de 30 anos, mas parece menos.
Bronzeada, exibe uma tatuagem que circunda o braço, e pode ser confundida com
qualquer outra mulher da sua geração de Ipanema, onde mora.
Juíza e professora da Escola da Magistratura do Rio de
Janeiro, Vanessa Cavalieri é casada, mãe dedicada, mas já se dispôs a trabalhar
longe do marido e dos filhos quando aceitou exercer sua profissão em Nova
Friburgo, região serrana. A jovem magistrada viu ali a oportunidade perfeita
para materializar seus ideais de Justiça.
Foi tão bem-sucedida que ganhou uma promoção e hoje
comanda um grupo de colegas que, diariamente, convive com a dura realidade dos
4 mil menores infratores num dos estados com a maior incidência de crimes do
país.
A sua aflição hoje é constatar que, se nada for feito
imediatamente, o futuro dos jovens que trilham o caminho do crime será incerto.
As saídas são educação, retomada da autoridade dos pais, planejamento familiar
e a profissionalização.
“A evasão escolar, principalmente no ensino fundamental, é preocupante.
Quando o menino entra para o tráfico de drogas, é de 100%. O abandono da escola
no Brasil atinge 70% entre os jovens infratores. Na Eritreia, é 65%”, desabafa.
A Eritreia, oficialmente Estado da Eritreia, é um país muito pobre localizado
no “Chifre da África”, e faz fronteira com o Sudão, a oeste, a Etiópia, ao sul,
e Djibuti, ao sudeste.
Convidada para ser a palestrante do debate
“Aprendizagem Profissional: Alternativas e Perspectivas para a Juventude”,
organizado pelo CIEE do Rio de Janeiro, a Dr. Vanessa Cavalieri arrancou
suspiros da plateia que compareceu ao auditório da Academia Brasileira de
Letras (ABL). Mas o seu charme pessoal deu lugar a um discurso consistente,
focado e rico de exemplos dilacerantes de uma realidade que a classe média em
geral desconhece.
Quando o jovem é preso pela primeira vez – e a
punição é de no mínimo 6 meses -, ele começa a dar valor à liberdade. Ele volta
para a comunidade e avisa aos traficantes que não quer mais aquela vida. O
traficante diz que não é bem assim.
Com um discurso nada paternalista, Vanessa Cavalieri
costurou uma realidade nua e crua. Foi um soco no estômago. Foi aplaudida
intensamente após uma sucessão de exemplos do seu cotidiano. “Eu contarei aqui
o que acontece todos os dias na minha sala de audiência”, prometeu. E cumpriu.
“Reconheço a existência da ‘onipotência juvenil’. Eles
pensam que nada de mau vai lhes acontecer, por mais que os mais velhos alertem.
Um jovem pobre vê o chefe da boca do tráfico com armas, cordões de ouro e cercado
de mulheres bonitas e eles querem ser iguais a ele. A mãe que, em geral,
trabalha fora e ganha pouco, tem que sustentar uma família com 5, 6…10 filhos.
Ela leva 4 horas para chegar em casa. Ela nem sabe por onde o filho anda e nem
tem ideia que ele possui um tênis Nike ou um agasalho de marca, conseguido por
pequenos serviços ao tráfico. Mas o jovem tem estas necessidades… E quando
entra no tráfico, ele o faz para ter acesso a estes bens…”, diz ela.
“Quando o jovem é preso pela primeira vez – e a
punição é de no mínimo 6 meses -, ele começa a dar valor à liberdade. Ele volta
para a comunidade e avisa aos traficantes que não quer mais aquela vida. O
traficante diz que não é bem assim, e que, primeiro, ele terá que ressarcir o
equivalente em dinheiro à droga que foi apreendida pela polícia, quando ele foi
apreendido. O valor é de 800, 900 reais. Ele não tem. Aí, só lhe resta duas
alternativas: trabalhar de ‘graça’ por 30, 60 dias. Ou, o que é mais grave, o
chefe do morro diz que ele pode roubar um carro e aí ‘ficaria tudo certo’. O
jovem aceita, e muitas vezes acha até fácil o trabalho. O que ele não percebe é
que aí é empurrado para um caminho de difícil retorno”, conta.
Um caso assim aconteceu há pouco tempo. A Justiça do
Rio condenou à internação definitiva os dois adolescentes acusados de matar o
médico Helder Dias da Costa Tomé Júnior, de 35 anos, durante uma tentativa de
assalto em Irajá, na Zona Norte, em 8 de janeiro. O prazo da internação varia
de seis meses a três anos.
O menor que atirou no médico pretendia com o assalto levantar dinheiro
para pagar os traficantes e sair do crime. No dia, nervoso, sem hábito do uso
de arma de fogo, disparou por engano e tornou-se assassino.
Num outro caso, um adolescente foi preso e, na audiência,
a mãe do jovem pediu a palavra e disse que “ela é que era culpada” pelo
ocorrido. A juíza travou um diálogo corriqueiro, mas tenso:
– Por que a senhora diz isso?
– Porque eu tenho 10 filhos e um deles é especial. Nós
não tínhamos nada para comer em casa. Eu mostrei a dispensa para as crianças. O
meu filho, que hoje está aqui preso, me disse: “Pode deixar, mãe, vou resolver
isso”.
O que a mãe não esperava, segundo o relato dela, é que
o auxiliar de pedreiro iria tentar dinheiro para comprar mantimentos por meio
de um assalto.
– Eu pensei que ele fosse fazer um trabalho…,
balbuciou a senhora envergonhada.
Num outro caso, uma moça queria ir ao show de Diogo
Nogueira, mas custava R$ 200 e ela não tinha. Ela pegou o dinheiro da entrada
emprestado com traficantes que atuam no bairro onde mora e foi ao show. Só que
ela tinha que pagar. Como fazer?
A jovem pegou uma arma de brinquedo e tentou assaltar
um taxista. Não deu certo. E foi presa.
Na delegacia, ela escreveu uma crônica em que confessa
ter feito a “pior escolha do mundo”. E hoje, apreendida, pensa em
reintegrar-se. Ela quer uma oportunidade.
Um outro rapaz roubou um pedestre e foi preso. Quando
perguntado por que fez isso, ele confessou que “não suportava mais a madrasta”.
E o seu sonho era morar sozinho. Ele queria alugar um apartamento. E o único
meio de conseguir dinheiro rápido para isso era o crime.
– Mas por que você não gosta da sua madrasta?,
perguntou a juíza.
Ele respondeu candidamente:
– Porque ela me obrigava a lavar pratos.
Rápida, Vanessa Cavalieri deu um xeque-mate:
– E quando você morar sozinho, quem lavará seus
pratos?
O jovem riu.
Num outro exemplo, a juíza indagou a um jovenzinho:
– Quem foi que levou você a ser apreendido e agora a
cumprir pena num centro de capacitação?
Ele respondeu: “A senhora”.
A titular da infância e Juventude disse: “Não. Não fui
eu. Foi você com as suas escolhas”.
Há casos em que o jovem estuda, tem família estruturada e mesmo assim
cai no crime.
Certa vez, uma mãe disse:
– Doutora, ele tem tudo e não precisa roubar. Não
entendo esse comportamento.
Envergonhado, o rapaz virou-se para a juíza:
– Eu posso abraçar minha mãe?
Noventa por cento dos jovens infratores são do sexo
masculino. No Rio, são 900 rapazes e 70 moças. Quase sempre, elas trilham esse
caminho solidárias aos namorados. E acabam se dando mal.
No estado do Rio, existem 3 mil medidas socioeducativas sendo cumpridas.
No estado do Rio, existem 3 mil medidas socioeducativas sendo cumpridas.
Curiosamente, existem 50 mil empresas com condições de
dar oportunidade para aprendizes entre 14 e 17 anos. Mas não dão. Uma delas,
segundo o auditor-fiscal do Trabalho, membro da Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego, Ramon Santos, prefere ser multada todos os anos do que
empregar um menor infrator que já tenha cumprido sua pena.
Mas qual a saída, além da profissionalização?
A juíza Vanessa Cavalieri é entusiasmada com o Núcleo
de Justiça Restaurativa que já existe em alguns lugares do Brasil e ainda não
no Rio de Janeiro. Apesar de ser um modelo adotado há 30 anos na Nova Zelândia,
por aqui, uma novidade.
É uma nova forma de reparação do dano causado por
menores infratores. Funciona assim: vítima e criminoso sentam numa mesma mesa e
ambos, com a ajuda de um moderador, entram em acordo de como o causador do
transtorno pode ressarcir os prejuízos.
Apesar de muitos acharem que isso não funcionaria no
Brasil, a grande novidade é que todos os casos em que o modelo foi adotado se
ouve da vítima: “Eu quero fazer algo por este garoto para que ele saia da dura
realidade em que vive”.
Para não pairar dúvidas, a juíza Vanessa Cavalieri não
passa a mão na cabeça dos que violam a lei e nem é branda nas suas sentenças.
Apenas, uma cidadã preocupada para achar um caminho que devolva aos jovens de
famílias pobres um rumo que não seja do crime.
Leiam esta reportagem completa acessando o link:
Até amanhã meus fiéis seguidores!
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