Estou de quarentena compulsória.
Parece que o governador prorrogou por mais uma semana. Estou com as unhas
quebradas e não posso consertá-las porque o salão de beleza não é considerada uma
atividade essencial, mas no momento, em que as unhas estão em carne viva se
torna uma atividade essencial.
Hoje, como nos dias anteriores,
demos uma volta pelo Condomínio. São 12 casas. Parece que só tem moradores em
quatro. É um silêncio sepulcral. Hoje, ainda haviam duas crianças - uma de 4 e
outra de 2 anos e a avó delas,
no parquinho do Condomínio. Um respiro de vida.
O que se comemora hoje:
Dia da Fundação de Salvador.
Aniversário da cidade de Curitiba, Paraná,
Brasil.
Aniversário da cidade de Pirajuí, São
Paulo, Brasil.
Dia da Juventude, Taiwan, Internacional.
Dia das Micro e Pequenas Empresas,
Santa Catarina, Brasil.
Dia
de São Constantino, Cristianismo.
Fundação
da cidade de Salvador por Tomé de Souza (29 de março de 1549), Bahia, Brasil.
Primeiro voo no Rio de Janeiro de um balão dirigível,
Le Victoria (1882), Rio de Janeiro,
Brasil.
O que eu comi hoje:
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29-03-20
(domingo)
58kg850
Pressão: 12 x 7
Desjejum
(10h00); Lanche (12h00);Almoço (13h30); Lanche (17h00); Jantar (18h30)
Desjejum:
maçã; leite com café; batata-doce e bolo.
Almoço: arroz;
frango; panqueca de legumes e batatas douradas.
Sobremesa:
rapadura.
Lanche; iogurte
grego.
Jantar: pizza e coca-cola.
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A frase do dia: “Coronavírus,
ou Covid-19,
monstro com lenda, para um dia se contar
que a pandemia é inquietude que promove
as quarentenas que nos vão enclausurar...
Quem sabe um dia me confesse em quarentena,
detrás do ar indesejado pelo medo,
ficando a ver a imodéstia mais pequena
e menos manhas nos debates em segredo...
Mas até lá, conter-me-ei no meu palpite,
sempre com fé no nosso Deus, lá das alturas:
que leve o mal e a entropia, sem limite,
e meta ordem neste excesso de loucuras.
António Prates (https://www.pensador.com/frase/Mjc0Mzk5Ng/)
Em 29 de março de 2010, duas mulheres-bomba atacaram
o sistema metropolitano de Moscou na hora de maior movimento da manhã, matando 40 pessoas.
Em 29 de março de 1996, nasceu o ator brasileiro Caio Manhente.
Em 29 de março de 1929, nasceu o
ator Lima Duarte.
Em 29 de março de 2011, morreu o 23º
vice-presidente do Brasil José de Alencar.
Li no Jornal A
Tarde, de 29 de março de 2020, domingo, a seguinte manchete em capa: “Aniversario – Salvador cidade vencedora”.
Como exemplos de superação ao longo da História, capital baiana chega aos
471 anos em crise de saúde global, mas ativa na prevenção.
Li no Jornal Folha
de São Paulo, de 29 de março de 2020, domingo, a seguinte
manchete em capa: “Covid-19 – Nas
favelas, morador passa fome e começa a sair as ruas”. Informais são dispensados,
perdem renda e têm mais gastos com crianças sem a merenda escolar.
Li no Jornal O Estado de
São Paulo, de 29 de março de 2020, domingo, a seguinte manchete em
capa: “Covid-19 – ‘Setores essenciais
aceleram contratações durante a crise”. Empresas como supermercados,
hospitais e farmácias abrem vagas para reforçar equipes de atendimento.
Li no site SRzd, de 29 de março de 2020, sábado,
a seguinte manchete em capa: “O
coronavírus avança e o ministro Mandetta virou termômetro, por Sidney Rezende”
“Estamos preparados para ver caminhões do Exército
transportando corpos?”. O impacto avassalador da pergunta do ministro da
Saúde Luiz Henrique Mandetta ao presidente Jair Bolsonaro é de gosto amargo
como fel. Mas acordou quem não entendeu o que está acontecendo.
Precisamos voltar um pouquinho para contextualizar o atual
momento.
O coronavírus colocou o ministro na condição de autoridade máxima do país.
Nossas carências, e desprezo pela pesquisa, conduziram o ministro a condição
de general escolhido para definir a melhor forma de vencer o inimigo no front
de batalha.
No vácuo deixado pela incapacidade do presidente
perceber que os coelhos da sua cartola não são mais suficientes para evitar a
tragédia coletiva, Mandetta assumiu a condição de líder. E isto é tão forte
que nem milícias digitais o retiram desta condição midiática.
A equipe do ministro é organizada e está sempre um passo na
frente. Muitas vezes engalfinhada em estatísticas, nem sempre precisas,
mas ela tem trazido orientação.
Mandetta assumiu a condição de
líder. E agora?
Muito diferente, só para não perder a viagem, do que ocorre
com a equipe econômica. Basta comparar. O ministro Paulo Guedes está
desorientado. Mais parece aquele tiozinho que fala repetidas vezes do que ele
“teria feito se fosse jovem novamente”. Ministro, ou salvamos vidas ou nos
preocupamos com a pauta econômica de Chicago. Não há espaço para as duas
coisas. Guedes ficou pequeno.
O mesmo acontece com o ministro da Justiça, Sérgio Moro,
que, acovardado, sumiu do radar. O temor dele é o mesmo do personagem Joselino
Barbacena, da escolinha do Professor Raimundo, lembra? Aquele que resumia-se
ao bordão: “Ai meu Jesus Cristinho, já me descobriram eu aqui de novo”.
Voltando: Mandetta virou termômetro quando nos perguntamos a
quantas anda a intensidade do avanço do coronavírus, que está se
multiplicando, indubitavelmente. Mas ele também é político quando ache
como um pêndulo. Basta surgir a pergunta: É melhor isolamento vertical
ou horizontal? Depende do humor de Bolsonaro no dia.
O ministro da saúde agora também virou ombudsman e está à
vontade para julgar o trabalho da imprensa como fez neste fim de semana: ” às
vezes meios de comunicação são sórdidos”. Pegou pesado.
O ministro da Saúde tem mais acertado que errado. Sua
popularidade e a aceitação da sua liderança advém justamente desta sensação de
que temos um técnico capaz como um general que confiamos. Mas vale o alerta,
somente para não nos iludirmos, não é o termômetro que derrota a doença. É o
tratamento!
O número de leitos ainda é insuficiente para o que se
avizinha. O treinamento do pessoal da saúde precisa ser intensificado. No Rio,
o cônsul honorário do Panamá, Jorge José González Seba, morreu de forma cruel
e, segundo o relato do próprio em áudio, pouco antes de morrer, ele ficou na
UTI por 48 horas submetido a nenhuma assistência, aparentemente, por
incapacidade da equipe médica saber lidar com a nova doença.
E, por fim, o ministro Mandetta pode ser “general”,
“termômetro”, “líder”, “técnico graduado”, mas não é Deus. O presidente já
sinalizou várias vezes que pode até demiti-lo. Se este sentimento for
verdadeiro, está explicado porque o Chefe da Nação tem sempre ao seu lado o
presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra
Torres.
Barra é aquele que estava com Bolsonaro quando o presidente
ignorando orientações médicas, rompeu diversos protocolos recomendados
pelo Ministério da Saúde para prevenir a disseminação do novo coronavírus, e
foi cumprimentar os seus apoiadores em frente ao Alvorada.
É melhor ficar com o Mandetta.
Leiam essa reportagem completa, acessando os links abaixo:
Até
amanhã meus fiéis seguidores.
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