Hoje continuou
chovendo: chuva fina e intermitente. Lá pelas onze horas até apareceu um
solzinho mentiroso, bem fraquinho. Fui ao Supermercado e comprei abóbora, banana,
berinjela, brócolis, castanha, cenoura, coalhada, limão, maçã, mamão, manga, melão,
pão, pera, pimentão, presunto, queijo, tangerina, torrada, uva
Li
o jornal, fiz palavras cruzadas e sudoku.
A frase
do dia: “É melhor ser otimista e
se enganar a ser pessimista e ter razão” (PENN, Jack, médico sul-africano apud Jornal A Tarde, Caderno 2, de 25-09-14. Pág.
2).
Abaixo,
o décimo oitavo capítulo do romance Denise. O primeiro capítulo foi publicado
no dia 15 de maio, o segundo em 22 de maio, o terceiro capítulo em 29 de maio,
o quarto, no dia 05 de junho. O quinto, em 12 de junho, o sexto, em 12 de
junho, o sétimo, em 26 de junho, o oitavo em 3 de julho, o nono, no dia 10 de
julho, o décimo, no dia 17 de julho, o décimo-primeiro, no dia 24 de julho; o
décimo-segundo, no dia 31 de julho; o décimo-terceiro, no dia 07 de agosto, o
décimo-quarto, dia 14 de agosto; o décimo-quinto capítulo, dia 21 de agosto; o
décimo-sexto capítulo, dia 28 de agosto; o décimo sétimo capítulo, dia 4 de
setembro; o décimo oitavo capítulo, 11 de setembro, o décimo nono, dia 18 de
setembro e o vigésimo capítulo do romance, hoje e o vigésimo-primeiro capítulo
do romance será publicado no dia 1º. de outubro:
DENISE (continuação)
XX
***
XX
Essa menina tão comum, tão igual às outras, por
que teve sua vida ceifada tão jovem e tão cruelmente? Assim pensava Glória, a
mãe de Denise. Em seus pensamentos ela imaginava onde teria errado. Pensou como
sua filha foi criada desde que nasceu até os 7 anos. Agora ela tentará se
lembrar como a menina foi criada por volta dos 8 anos de idade. Ela ainda
estava na idade de depender dos pais quanto aos bons hábitos de comportamento.
Ela dependia também dos professores – dos educadores de modo geral.
Ela tinha que manter sua higiene pessoal
adequada e firme como, por exemplo, sempre lavar bem as mãos quando ir ao
sanitário; sempre lavar as mãos antes de comer ou não comer nada que tivesse caído
no chão; escovar os dentes após as refeições, pelo menos três vezes ao dia; não
se debruce na janela, não ponha os pés na parede; limpe essas unhas; não fale
palavrões... Denise às vezes se entediava com tantas regras e ditames. Eram, no
entanto, coisas necessárias e importantes para o resto da vida.
Outra coisa que a irritava muito eram as
vacinas: tuberculose, tétano, difteria, influenza ... Quando era menor não
gostava das vacinas como sarampo e paralisia infantil. Algumas destas vacinas
requerem reimunização – a aplicação de uma nova dose da vacina – regularmente.
Então o reforço foi dado aos 8 anos. Além desses cuidados físicos, Denise também
precisava de cuidados psicológicos como sentir-se amada e querida pelos pais.
Depois que ela passou a frequentar a escola regularmente ela entendeu que a
escola também tem regras a serem cumpridas, regulamentos e normas a serem
seguidas.
É certo que os pais são responsáveis em cuidar
de seus filhos e de suas necessidades físico-psicológicas. Nisto Glória podia
dormir tranquila: ela jamais se descuidara da educação de Denise. Ela nunca
deixou a educação e criação de sua filha por conta de babás ou professoras. Ela
tinha babá sim, mas apenas para “ajudar”, jamais para “criar”. Ela nunca
colocou nos ombros das professoras a educação-doméstica: esta que é dada em
casa pela mãe e pelo pai: Nunca responsabilizou a escola por questões que não
fossem exclusivamente da escola.
Os pais são os grandes responsáveis pelo
desenvolvimento psicológico da criança: viver educada e amigavelmente com
outras pessoas – quer crianças quer adultos –, e agir responsável e
inteligentemente com todos. Glória tinha muita preocupação de que Denise se
tornasse uma pessoa adulta de maneira agressiva ou, mesmo, muito retraída. Ela
levou Denise à psicóloga e fez os testes de quociente de inteligência. A
psicóloga disse que não era tão comum u’a mãe que levasse a filha para fazer
estes testes. Sabe qual foi a pontuação de Denise? 122. Acima portanto, da
média de dois terços das crianças normais!
De
que adiantou tanto cuidado, tanta vontade em acertar? Ela foi embora! Foi
assassinada! Aos 16 anos! E a polícia não descobre quem foi o miserável do
assassino. Aquele maldito. Seja quem for tem que pagar na prisão. Ah! tem!
Estava com esse ódio por quem ela nem conhecia ... quando ouviu uma voz
grave...”Você está pensando o que?” “Naquele assassino! Não sei como afogar as
minhas mágoas!” “Não chore, querida. Aquele assassino
é um ninguém. Não vale a pena verter lágrimas por esse homem”. “Não estou
chorando por ele. Estou chorando por
nossa filha!”
Na
escola, Denise começou a fazer parte de grupos de amigos com gostos em comum
que passou a ser muito importantes em sua vida. Igualmente aconteceu com
crianças da sua faixa etária na avenida da vila onde morava. Ela, aos 8 anos,
já era uma pré-pré-adolescente. Sua autoimagem se revelou positiva pois ela
possuía boas impressões de seus pais e uma ativa vida social. Desde os sete
anos de idade, ela passou a racionalizar seus pensamentos procurando os porquês
de tudo. Ela passou a observar e a se comparar com outras crianças de 8 ou 9
anos. E, preocupada, com a mudança de comportamento de Denise em relação a ela
e a seu pai, aumentando a importância dos novos amigos e atuais professores. A
psicóloga disse que tudo isso era normal.
Com
o crescimento (não só físico, mas pelo desenvolvimento da personalidade e pela
conquista de espaços de independência) surgiu uma inquietação ou, até mesmo, um
certo mau humor. Passada a fase da birra,
em torno dos 2/3 anos; depois, lá pelos 7/8 anos ela já se expressava com
certa clareza: sabia o que queria, o que gostava e não gostava. O certo mau humor que
ela irradiava fazia parte do seu desenvolvimento. Ela tinha muita vontade de
crescer. Crescer pra que? Para ser violentada e morta? Ouviram-se soluços. Sua
mãe chorou copiosamente até adormecer e sonhar com Denise correndo para seus
braços, com a saia levantada pelo vento, sorrindo, de braços abertos...
***
Em 25 de setembro de 1967, Carlos Lacerda e João Goulart emitiram nota conjunta no Uruguai defendendo a Frente Ampla.
Em 25 de setembro de 1967, os Estados Unidos condenaram o governo de Cuba e propuseram o início do bloqueio econômico.
Em 25 de setembro de 1884, nasceu o médico, professor, antropólogo, etnólogo e ensaísta brasileiro, considerado o pai da radiodifusão no Brasil Roquette Pinto.
Em 25 de setembro de 1898, nasceu o jornalista e escritor Austregésilo de Athayde.
Em 25 de setembro de 1991, morreu um dos mais temidos oficiais da SS alemã Klaus Barbie.
Em 25 de
setembro de 2003, morreu o economista italiano Franco Modigliani.

Uma boa notícia boa que deu no Jornal A Tarde, de 25
de setembro de 2014, 5ª. feira: “Dengue – Fiocruz
solta mosquitos com bactéria no Rio”. Presente em outros insetos, e injetada nos ovos do Aedes, a bactéria impede que o vírus seja transmitido. Experiência semelhante foi realizada
com sucesso em relação à dengue, na Austrália e países asiáticos, como o Vietnã.

Uma notícia ruim que deu no Jornal A Tarde, de 25
de setembro de 2014, 5ª. feira: “Rio São Francisco – Seca
atinge a economia de 40 cidades baianas”. A seca que atinge o Rio São Francisco se alastra da “nascente
à foz” e atinge 40 cidades. Esta é a quarta grande crise desde 1950.

Li no Jornal A Tarde, de 25 de setembro de 2014, 5ª. feira, que
trouxe a seguinte manchete: “Saúde
– Feira é a cidade do país
com mais casos de febre africana”. Doença que tem baixo índice de
mortalidade está concentrada no bairro George Américo. Trata-se da febre
chikungunya.
Rua R1, no George Américo: mesmo quem não está sob suspeita já espera a chegada dos sintomas (Foto: Mauro Akin Nassor)
Até amanhã meus fiéis seguidores.
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