Publiquei em 05-12-21, domingo, conforme o acordado com os leitores o Capítulo LV – Um Encanto de Passeio. No próximo domingo, 12-12-2021, publicarei o Capítulo LVI – Chegada das Férias.
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Capítulo LV
Um passeio encantador
Rito foi convidado para uma feijoada numa casa de veraneio em Cascavel. Mas o que é uma feijoada? A feijoada é um prato típico do Rio de Janeiro e como o nome diz é feita de feijão. É muito apreciada no Brasil todo. Apesar de ser um prato com muitas variações, a típica feijoada completa é aquela que, além do feijão preto, leva todas as carnes salgadas (costela, linguiças variadas, carne seca, pé, orelha, rabo, lombo, bacon) e é servira com rodelas de laranja, couve refogada no alho, arroz e farofa. Essa é a típica feijoada carioca.
Agora que você sabe como é feita uma feijoada, confira outras receitas com feijão no TudoGostoso (um app da Internet) como feijão tropeiro, caldinho de feijão, feijão preto fácil, feijão cremoso, feijão carioquinha simples, feijão mexicano, salada de feijão fradinho, bolinho de feijoada, tutu de feijão, feijão de corda e muito mais! Rito não esperava que tipo de feijoada ele iria encontrar por lá. Provavelmente seria a feijoada ‘cearense’ sem laranja ou couve.
Dizem que a feijoada é um prato oriundo dos escravos. A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comumente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil, que eles aproveitavam as carnes jogadas fora. Mas seria mesmo essa a história da feijoada?
Historiadores e especialistas da culinária indicam que esse tipo de prato – que mistura vários tipos de carnes, legumes e verduras – é milenar. Remonta possivelmente da área mediterrânica à época do Império Romano, segundo Câmara Cascudo. Pratos similares na cozinha latina seriam o cozido, em Portugal; o cassoulet, na França; a paella, à base de arroz, na Espanha; e a casouela e o bollito misto, na Itália.
Mas a feijoada tem as especificidades da culinária brasileira. O feijão preto é originário da América do Sul e era chamado pelos guaranis de comanda, comaná ou cumaná. A farinha de mandioca também tem origem americana, sendo adotada como componente básico da alimentação pelos africanos e europeus que vieram para o Brasil. Roças de feijão e mandioca eram plantadas em diversos locais, inclusive nos espaços domésticos, em torno das residências, principalmente das classes populares.
Segundo Carlos Alberto Dória, a origem da feijoada estaria no “feijão gordo”, o ensopado da leguminosa acrescido de toucinho e carne seca. A feijoada seria esse “feijão gordo” enriquecido ao extremo, com linguiças, legumes, verduras e carnes de porco.
A inclusão do último ingrediente acima indicado levou Câmara Cascudo a questionar se a feijoada seria invenção dos africanos escravizados: sendo boa parte dos africanos seguidora do islamismo, como poderiam ter incluído a carne de porco no prato, já que a religião interdita seu consumo?
O famoso folclorista brasileiro indica que a feijoada como a conhecemos, composta de feijão, carnes, hortaliças e legumes, seria uma combinação criada apenas no século XIX em restaurantes frequentados pela elite escravocrata do Brasil. Sua difusão teria se dado em hotéis e pensões, principalmente a partir do Rio de Janeiro.
Porém, a propagação da ideia da feijoada como prato nacional seria consequência das ações dos modernistas para construir uma identidade nacional brasileira, segundo Carlos Alberto Dória. A feijoada seria um dos signos da brasilidade, caracterizada pelo tema da antropofagia, da deglutição cultural que permeou a formação da nação brasileira.
Mário de Andrade apresentou essa perspectiva em seu conhecido livro “Macunaíma”, de 1924, durante um festim na casa do fazendeiro Venceslau Pietro Pietra, no qual participou o anti-herói. De acordo com Dória, a cena seria uma alegoria da cozinha nacional e das diversas etnias que entraram em contato no Brasil.
Vinicius de Moraes também versou sobre a feijoada, em seu poema “Feijoada à Minha Moda”, retratando ao final a cena de difícil digestão do prato: Que prazer mais um corpo pede/ Após comido um tal feijão?/ — Evidentemente
Por Tales Pinto
Mestre em Históuma rede/ E um gato para passar a mão...
(PINTO, Tales dos Santos. "História da feijoada"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola .uol.com.br/historia/historia-feijoada.htm. Acesso em 03 de dezembro de 2021).
Agora, depois de pesquisar, Rito tem algum conhecimento sobre a feijoada. A casa de veraneio para a qual ele foi convidado era linda e dava para uma vista mais linda ainda. Ele ficou encantado com a robustez da casa, com a vista e as pessoas muito legais. Ele ouviu dizer que a casa tinha 32 quartos. Chegou a ver um com cama de casal e três de solteiro. Haviam 36 redes numa das imensas varandas da casa. A piscina era grande e tinha três níveis; para bebês, crianças e adultos.
O que mais o encantou foram os luxuosos banheiros: chuveiro, ducha e torneiras luxuosas e muito bonitas. Eram limpíssimos. Parecia coisa de cinema. O que eles serviam era de primeira qualidade: doces acondicionados em caixinhas condecoradas. Frutas â vontade: melancia, kiwi, uvas preta e verde, ameixa e muitas outras; picolés e sorvetes. Muito luxo e muita fartura!
Ele cantou no karaokê. Muito tímido. Ali, estava à vontade, como se estivesse em casa. Encheu os peitos e cantou uma música muito antiga e bonita composta por Catullo da Paixão Cearense. Luar do sertão. Uma das mais conhecidas músicas do cancioneiro brasileiro, Luar do Sertão tem sua primeira gravação por Eduardo das Neves (1874-1919), em disco da Odeon lançado em 1914, catalogado como toada sertaneja.12 de set. de 2019
Luar do Sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Oh, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Esse luar cá da cidade, tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
A lua nasce por detrás da verde mata
Mas parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia ao nascer do coração
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir um galo triste no sertão se faz luar
Parece até que a alma da lua é quem diz:
Canta! Escondida na garganta deste galo a soluçar
Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde à tarde, a sururina chora a sua viuvez
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Como é que cê fala, Fábio Júnior? 'Brigadu!
'Brigado, 'brigado, amém
Fonte: Musixmatch
Compositores: Catullo da Paixão Cearense e João Pernambuco.
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LVI
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O que se comemora hoje:
do Nacional do Tango
Daniel, o Estilista, Cristianismo.
Dia Internacional das Montanhas (UNESCO)
Dia Nacional do Tango, Argentina
Emancipação política de São Miguel, Rio Grande do Norte, Brasil
Feriado municipal em Portimão, Portugal.
Fundação de Bataguassu, Mato Grosso do Sul, Brasil.
Papa Dâmaso I, Cristianismo.
Sabino de Placência, Cristianismo.
O que eu comi hoje:
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11-12-2021 (sábado) 59kg400 _____________ Pressão: 13 x 9
Desjejum (8h30): mamão; abacate; café com leite; tapioca e batata-doce.
Almoço (12h00): salada mista; arroz integral; feijão preto e frango.
Sobremesa: rapadura.
Lanche (16h00: abacaxi.
Jantar (19h00): salgadinhos e brigadeiros; coca-cola.
A frase do dia: “Se a gente cuida de saúde e esquece a economia, a economia mata a saúde, ou vice-versa. Acho que a mentalidade de um Congresso que é reformista dará mais resultados neste ano” (LIRA, Arthur, presidente da Câmara em entrevista com Daniel Pereira e Marcela Mattos in Páginas Amarelas apud Revista Veja, de 24 de fevereiro de junho de 2021. Pág. 10).
Em 11 de dezembro de 1999, plebiscito sobre a divisão do estado do Pará em três; Pará, Tapajós e Carajás.
Em 11 de dezembro de 1981, nasceu a atriz brasileira Lívia Rossi,
Em 11 de dezembro de 2020, morreu o compositor, cantor e instrumentista brasileiro Ubirany (Ubirany Félix do Nascimento); morreu, também, a radialista, radio-atriz e astróloga brasileira Zora Yonara (Creusa Gramacho Carosella.
Li no Jornal A Tarde, de 11 de dezembro de 2021, sábado, a seguinte manchete em capa: “Mobilidade – Ministério autoriza obra do novo trecho do BRT”. Com investimento de R$ 203 milhões, o novo trecho de 7 km envolve 2 elevados.
Li no Jornal Diário do Nordeste, de 11 de dezembro de 2021, sábado, a seguinte manchete em capa: “Covid-19 – Não vacinados são maioria entre mortos”.
Li no Jornal Folha de São Paulo, de 11 de dezembro de 2021, sábado, a seguinte manchete em capa: “Incêndio em Santa Maria – Júri condena quatro pelas 242 mortes em incêndio na Kiss”. Dono da boate em Santa Maria (RS) é sentenciado a 22 anos de prisão; sócio, a 19; e músico e assistente a 18 anos.
Li no Jornal O Estado de São Paulo, de 11 de dezembro de 2021, sábado, a seguinte manchete em capa: “Incêndio em Santa Maria – Juiz condena réus pelas 242 mortes na boate Kiss a penas de até 22 anos”. ”. Tribunal do RS define sentenças dos quatro acusados; tragédia aconteceu em 2013.
Li na Revista Veja, de 11 de dezembro de 2021, sábado, a seguinte manchete em capa: “O estranho mundo de Jair – Distante da vida real, Bolsonaro eleva perigosamente o tom contra inimigos”. O presidente acredita que uma conspiração para inviabilizar seu governo e, com arroubos retóricos, forma uma realidade paralela.
Li no site SRzd, de 11 de dezembro de 2021, sábado, a seguinte manchete em capa: “STF estabelece obrigatoriedade do comprovante de vacinação para entrar no Brasil
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