Fui à missa na Paróquia de Nossa Senhora da
Assunção para rezar por duas causas boas: 1º.) pela restauração da saúde de
minha filha; 2º.) em sufrágio da alma de minha mãe, que está completando 28
meses (2 anos e quatro meses) de falecida.
Abaixo
vou transcrever mais um capítulo do livro: “ A maior história de todos os tempos: a própria vida” . O
capítulo Vivência Escolar
foi escrito
em 2001:
Vivência
Escolar
Foi
enorme a minha alegria quando fui para o Grupo Escolar Joaquim Murtinho. Era um
Colégio grande, no centro da cidade, em plena Avenida Afonso Pena, a rua da
Prefeitura Municipal. Lá tive contato com muitas crianças. Fazia-se fila no pátio. Cantávamos o Hino
Nacional e o Hino à Bandeira e hinos de guerra, todos os alunos em forma. Estávamos
na década de 50.
No
início de 1955 – fevereiro, – fiz o exame de Admissão ao Ginásio. Era um míni-vestibular de Português,
Matemática, História e Geografia, para a passagem do Curso Primário para o
Ginasial. Quando olhei na lista de aprovados, o meu nome estava lá. Olhei umas
três vezes para ter certeza. Cheguei em casa exultante!
Matriculei-me
no colégio mais bonito e arrojado da cidade. Era um colégio projetado por Oscar
Niemeyer, de formas arredondadas, na Rua Y-Juca Pyrama, no Bairro Amambaí. Era
o Colégio Estadual Campograndense. Lá tive a oportunidade de estudar com Ney
Matogrosso. Ele ainda não havia feito sua opção sexual. Era o terror das
garotinhas. Eu me lembro: ele foi primeira pessoa que vi usar calça jeans.
O
Colégio Estadual era o melhor colégio da cidade. Tinha o Colégio Dom Bosco dos
padres salesianos e o Colégio Oswaldo Cruz, particular. No Colégio Estadual
estudavam os filhos dos doutores, secretários, deputados e militares (pois ali
era a sede da 4a. Zona Aérea). Tive a oportunidade de ser aluna da
professora Maria da Glória Sá Rosa. Pedagoga, professora, poeta e jornalista,
além de autora de livros. Era professora de Língua Portuguesa. Foi ela quem me
incentivou a escrever. Trabalhei no Jornal Correio do Estado como
entrevistadora e cronista. Eu tinha uma coluna semanal e escrevia uma crônica
diariamente. Escrevi também no O Mato-grossense e na Tribuna de Mato
Grosso, como Cronista.
Quis
o destino que eu me tornasse professora de Matemática. Guardo a lembrança do
Prof. Luís Cavallón. Era o terror do Colégio e eu sempre consegui passar em sua
matéria. Terminei o Curso Científico à noite, pois eu já trabalhava no jornal e
na Prefeitura Municipal.
No
Colégio, todas as manhãs, invariavelmente, ficávamos em fila, uns atrás dos
outros, exatamente atrás, olhando para a nuca do colega. E cantávamos ou
o Hino Nacional ou o Hino à Bandeira e uns dois hinos de guerra. Era conduzido
pelo professor de Canto Orfeônico ou pelo professor de Educação Física. Éramos
santos? Nem tanto. Enquanto os que estavam perto do professor cantavam “Já
podeis da Pátria filhos...”, os outros cantavam “Japonês tem
quatro filhos...”. Alguns alunos só sabiam a segunda letra.
Isso
fazia sentido. 40% da população eram de japoneses. Ah, ia me esquecendo, tinha
a cerimônia do hasteamento da Bandeira do Brasil, do Estado de Mato Grosso, da
Cidade de Campo Grande e do Colégio Estadual Campograndense. Eu nunca tive a
alegria nem o privilégio de hastear uma bandeira. Isto era reservado para os
alunos melhor uniformizados, corretamente uniformizados. Tive um único uniforme
nos quatro anos de ginásio. A minha saia foi virada pelo avesso, foi tingida,
foi emendada... Só a blusa era substituída porque a do ano anterior não servia
mais.
Íamos
para a sala de aula. Quando a professora, a diretora ou qualquer outra pessoa
que entrasse na sala, nós nos levantávamos, sem fazer barulho, sem puxar o
banco. Aliás, eles não davam para ser puxados: eram de madeira pesada, eram
firmes, de boa qualidade.
Hoje,
quando entra uma visita não há respeito: os alunos continuam conversando, se estão
sentados de lado, ficam. Não existe mais aquela postura, aquela deferência toda
especial. Não se cantam mais hinos como se cantava. Éramos crianças e
adolescentes que tínhamos encantamento pela escola. Não sei se é porque Campo
Grande era uma cidade muito pequena, sem divertimentos, é que gostávamos tanto
da escola. Mas gostávamos.
Havia
o laboratório onde fazíamos as experiências de biologia, física e química. Eu
gostava muito das aulas práticas. Hoje elas ainda existem? Em apenas alguns pouquíssimos
colégios. No colégio que hoje dou aula foi inaugurado um belo laboratório. Foi
transformado em sala-de-aula. Os balcões e as banquetas foram removidos.
Concluí
o 3o. Ano Científico. Teve festa com solenidade e tudo. Mas meu pai
não deixou que eu participasse. Chorei, chorei. Estava pronta para fazer o
Vestibular, mas em Campo Grande não havia faculdade. Tive que viajar. Ir para
outras plagas. Escolhi o Rio de Janeiro
porque meu irmão César já estava lá e três tias (Iracy, Teresinha e Círia)
também moravam lá.
A frase do dia: “Há um certo momento
na trajetória de toda e qualquer nação em que ela se considera a escolhida. É
nesse momentobque ela se considera a escolhida. É nesse momento que ela dá o
melhor e o pior de si” (CIORAN, Emil, filósofo romano apud Jornal A Tarde, Caderno
2, de 19-09-13. Pág. 2).
Uma boa notícia que deu no jornal A Tarde, de 19 de setembro de 2015, 5a.
feira: “Turismo – Prefeitura vai investir em 93 eventos nas ruas até 1917”. Realizar
93 eventos culturais oficiais e abertos ao público até o Carnaval de 207. O
prefeito considerou que o Calendário Oficial de Eventos marca uma “nova era” para
a capital baiana, após os nove meses de dificuldades, como apontou. A
programação já começa no próximo final de semana, com o Festival as Primavera, no
Rio Vermelho (Davi Lemos).
Uma notícia ruim que deu no jornal A Tarde, de 19 de setembro de 2015, 5a.
feira: “Paralisação
– Bancários entram em greve a partir de hoje”.
Li no Jornal A Tarde, de 19 de setembro de 2015, 5a. feira,
que trouxe a seguinte manchete: ““Justiça
– STF decide que 12 condenados terão um novo julgamento”. O
ministro Celso de Melo votou a favor de 12 dos 25 condenados em crimes relacionados
com o mensalão.
Fiz palavras cruzadas e sudoku.
Li a Revista Época, datada de 16 de setembro de 2013, trouxe como manchete de
capa: “2013: Especial Imóveis – Os (novos)
bairros mais cobiçados do Brasil”. Onde estão os lançamentos imobiliários
mas desejados nas principais capitais. As áreas com maior potencial de valorização
nos próximos anos. 15 mil reais é o valor do metro quadrado de imóveis novos no
Jardim Paulista, em São Paulo, o mais caro do Brasil.
Até amanhã meus fiéis seguidores!
Nenhum comentário:
Postar um comentário