Eis o Capítulo XIX, de Discrição.
= XIX =
O CASAMENTO
Ao
contrário, ele
dormiu mal, rolou na cama várias
vezes, levantou-se muito
cedo. Tomou o café da manhã e
saiu. Foi ao barbeiro fazer a barba e cortar o cabelo. Só
isso. Demorou. Sugerido
pelo salão, fez limpeza de pele e, também, as
unhas. Afinal era o seu grande dia. Para ele, porque
para a família e os amigos ele estava fazendo uma loucura. Ele
teve, também, seu dia de noivo: massagem relaxante, corte de cabelo, penteado,
serviços de barboterapia, limpeza de sobrancelha, corretor facial. Manicure e
pedicuro, limpeza de pele e
banho de ofurô.
Ela passou o
dia no salão. Era o seu dia de noiva. Aliás,
começou ontem com uma odontologia
cosmética. Em um dia não
seria possível. Apenas fez a limpeza e o
clareamento
dos dentes e outros procedimentos. No dia mesmo: limpeza de pele, massagem, depilação, manicure, pedicuro, cabelo,
penteado e maquiagem. Ela ficou
muito cansada com tantos cuidados.
É chegada a
hora! Às 028 horas, hora
marcada para o casamento, lá estava o noivo, no altar. De branco.
Jovem e lindo! Cheio de
sorrisos e atencioso com quem lhe dirigia a palavra.
Às 18h30 a noiva
chegou em cadeira de rodas ladeada por seus três filhos, foi uma
comoção geral em toda a igreja, pois **** estava
banhada em lágrimas. Ele veio recebê-la. Ajoelhou-se para recebê-la,
cumprimentando-a. E seguiram
para o altar. Após trocarem
as alianças beijaram-se. O
casamento ocorrera dentro do protocolo e viveram para sempre desde que, dentro de
alguns dias, a morte os separaria.
= XX =
O INESPERADO
O que é comemorado hoje:
Dia de Finados
Aniversário da minha prima Ligia Regina Nolasco Hoffmann. Irala da Cruz. É advogada e mora em São Paulo.
Dia Batista de Oração Mundial em 2020.
Dia de Finados.
Dia Mundial pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
O que eu comi:
02-0202-20 (2a. feira) 59kg200 ______ Pressão: 026 x 020
Desjejum (8h00); Almoço (022h00); Lanche (025h30) e Jantar. (20h00)
Desjejum: banana; batata-doce; pão com queijo e café com leite.
Almoço: salada mista; arroz com requeijão e estrogonofe de frango. Sobremesa: rapadura.
Lanche: manga.
Jantar: suco de laranja e pasteis de queijo e frango.
A frase do dia: “Parece que estou falando com um extraterrestre” (ABRAVANEL, Tiago, ator, revelando que o avô Silvio Santos vive “em uma bolha” e não tem noção do que se passa a sua volta apud Revista Veja, de 23 de setembro de 2020. Veja Essa. Pág. 23).
Em 02 de novembro de 1998, lançado, a partir do MIT, o Morris worm, o primeiro worm de computador distribuído na Internet a obter atenção significativa da mídia.
Em 02 de novembro de 1995, nasceu o cantor e compositor brasileiro Rafael Vitti.
Em 01 de novembro de 2020 (ontem), morreu o ator Tom Gouveia, que dava voz ao papagaio Louo Jose.
Em 02 de novembro de 1998, morreu a cantora brasileira Jovelina Perola Negra.
Li no Jornal A Tarde, de 02 de novembro de 2020, 2a. feira, a seguinte manchete em capa: “Violência – Falta de provas dificulta apuração de agressões contra domésticas”. Vídeo com agressões contra empregada doméstica lançam luz sobre crime de difícil comprovação.
Li no Jornal Diário do Nordeste, de 02 de novembro de 2020, 2a. feira, a seguinte manchete em capa: “Covid-19 – 9360 é o número de mortos no Ceará”. O Ceará já soma 274.673 pacientes diagnosticados com a Covid-19, de acordo com o boletim do IntegraSUS, atualizado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) às 17h25 desta segunda-feira (2). O informe também registra 9.362 mortes pela infecção. A letalidade da Covid-19, no momento, se mantém em 3,4%. Segundo a Sesa, nenhum dos óbitos confirmados aconteceram nas últimas 24 horas.Os dados mostram, ainda, que 234.853 pacientes receberam alta hospitalar ou ficaram livres da doença até então.
Li no Jornal Folha de São Paulo, de 02 de novembro de 2020, 2a. feira, a seguinte manchete em capa: “Eleições – Partidos violam divisão de verbas a negros e mulheres”. Das 33 siglas, apenas o PCB e o PSTU cumpriram as regras proporcionais até agora.
Li no Jornal O Estado de São Paulo, de 02 de novembro de 2020, 2a. feira, a seguinte manchete em capa: “Eleições – Eleição americana pressiona política ambiental do Brasil”. Vantagem de Biden preocupa representantes da gestão Bolsonaro; discretamente, Itamaraty já se movimenta para demonstrar disposição para o diálogo caso democrata vença.
Li na Revista Superinteressante, de agosto de 2020, a seguinte manchete em capa: “Imunidade”. Novos estudos mostram que o organismo é mais eficiente no combate ao coronavírus do que se imaginava. E indicam que o sistema imunológico pode construir uma barreira duradoura contra ele.
Li no site SRzd, de 2 de novembro de 2020, 2a. feira, a seguinte manchete em capa: “Dia de Finados: como a pandemia abalou o processo de luto”
Dia de Finados. Foto: Altemar Alcantara/Semcom
“É o meu lençol, é o cobertor / É o que me aquece sem me dar calor / Se eu não tenho o meu amor / Eu tenho a minha dor”.
Os versos famosos de Marisa Monte e Arnaldo Antunes, em De mais ninguém (02994), bem que poderiam ajudar a traduzir o direito à dor e a todos os processos que envolvem o luto, que ganha dimensão inédita para esta geração por conta da pandemia da covid-029. Especialistas ouvidas pela Agência Brasil explicam que a emergência sanitária gerou diferentes consequências que ampliam as perdas, como a impossibilidade dos ritos de despedida e de uma retomada da vida como era antes.
“Precisam de um descanso / Precisam de um remanso / Precisam de um sono / Que os torne refeitos”.
Os versos de Gonzaguinha são lembrados pela psicóloga e pesquisadora Milena Câmara, que trabalha na cidade de Natal (RN). Ela é uma das brasileiras que atuam no grupo de estudos International Working Group on Death, Dying and Bereavement (Grupo de Trabalho Internacional sobre Morte, o Morrer e o Luto) e coordenou uma pesquisa sobre o impacto psicológico da morte para trabalhadores de cemitérios.
Milena Câmara entende que o cenário atual significa um grande desafio emocional e psíquico. “Em um contexto como o de agora, há um rompimento com o cenário de antes. Todos precisamos de uma reestruturação desse mundo presumido e gerar, aos poucos, uma nova forma de se relacionar com a pessoa que morreu. A morte acaba com a forma, mas não acaba com o amor”.
Para as estudiosas ouvidas pela reportagem, diante de uma ruptura abrupta com a vida que conhecíamos, além das dúvidas sobre um “futuro esperado” – ambas geradas pela pandemia -, a sociedade deve prezar pelo apoio, respeito mútuo e ouvidos solidários, que são fundamentais para ajudar pessoas que perderam amores de vida.
“Eu uso a metáfora do tsunami para falar da pandemia. É uma onda que está passando e a gente está embaixo dela e não sabe quando vai acabar”, compara Elaine Alves, professora da Universidade de São Paulo (USP), pesquisadora em emergências e desastres.
A especialista avalia que a pandemia é um desastre diferente daqueles episódios que os pesquisadores estão acostumados. “Normalmente, no desastre, o outro não é um risco para nós. Nessa situação, o outro passou a ser um risco. Passamos a ter medo do outro”.
Fonte: Agência Brasil
Leiam essa reportagem completa, acessando o link abaixo:
https://www.srzd.com/brasil/dia-de-finados-como-pandemia-abalou-processo-de-luto/
Até amanhã meus fiéis seguidores
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