quinta-feira, 18 de agosto de 2022

18 de agosto de 2022 (quinta-feira)

 

Publiquei, dia 14 de agosto, o Capítulo XVIII sobre Inflação – A deflação não chega aos mais pobres. Aguardo críticas, correções possíveis e sugestões dos leitores, pois este é um assunto difícil de escrever, interpretar e entender. Muito obrigada.

(O texto abaixo foi copiado na íntegra do Jornal O Estado de São Paulo, de 12 de agosto d 2022).

 

A deflação não chega aos mais pobres

 

Disposto a torrar bilhões em recursos para agradar a taxistas, caminhoneiros e donos de automóveis, Bolsonaro aumenta risco fiscal e retroalimenta a inflação que se jacta de combater

O governo Jair Bolsonaro festejou como nunca a deflação de 0,68% registrada em julho pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A menos de dois meses de uma eleição em que o presidente permanece em segundo lugar, de acordo com as pesquisas, pouco importa que esse recuo seja pontual e concentrado em itens como energia e combustíveis ou que a inflação acumule um avanço de 10,07% nos últimos 12 meses. Fora das redes sociais, onde a realidade se impõe, a população lida com um cenário generalizado de preços em alta, um quadro ainda mais difícil de ser administrado por famílias vulneráveis que vivem nas maiores cidades brasileiras.

O IPCA, como diz sua própria sigla, é amplo. Para calculá-lo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pesquisa preços de diversos produtos e serviços, divididos em nove grupos – alimentação e bebidas, despesas pessoais, saúde e cuidados pessoais, vestuário, artigos de residência, comunicação, educação, habitação e transportes – em milhares de estabelecimentos nas principais regiões metropolitanas. Sua metodologia alcança famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos, ou 90% da população que vive em áreas urbanas. O índice possui uma longa série histórica, e a incorporação de novos hábitos em seus cálculos – como transporte por aplicativos – revela um esforço para que a cesta de itens represente o consumo médio dos brasileiros de forma fidedigna. Ainda que muitas vezes a inflação pareça mais alta do que os números oficiais apontam, não pairam dúvidas sobre sua confiabilidade, o que é muito diferente de afirmar que seus impactos são iguais para todos.

Se há deflação para a classe média, a inflação permanece inabalável para os mais pobres. É o que aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que pesquisa o comportamento dos preços na cidade de São Paulo e pondera seus efeitos conforme a renda. De acordo com a Fipe, só houve deflação em julho, de 0,11%, para as famílias com renda mensal acima de R$ 9.696, o equivalente a mais de oito salários-mínimos. Para quem recebe entre três e oito salários-mínimos, a inflação subiu 0,18%, e para aqueles com renda entre um e três salários mínimos, a alta foi de 0,44%, o que permite inferir que o avanço dos preços deva ter sido ainda maior entre os que não conseguem auferir sequer um salário mínimo mensal.

Não é preciso ser um especialista para perceber as conexões entre o aumento da inflação e o crescimento da pobreza, mas há questões que o governo Bolsonaro prefere ignorar. A variação do preço dos combustíveis é indiferente para as famílias que não têm carro e só utilizam transporte público para se deslocar. O que essas famílias realmente percebem é que 63% dos itens pesquisados pelo IBGE – o equivalente a dois terços dos 377 que integram a cesta de produtos do IPCA – ficaram mais caros, entre eles o leite longa vida, que subiu 25,46%. Para elas, não há razão para comemorar a queda de 18,48% no preço da gasolina, até porque esse tipo de medida ainda tem o potencial de prejudicá-las de forma indireta. Como o barateamento dos combustíveis se deu em parte graças à redução forçada do ICMS, imposto que financia saúde e educação nos Estados, o resultado é a redução da oferta e da qualidade desses serviços públicos, fundamentais para os estratos mais pobres da população.

Com um orçamento composto apenas por gastos essenciais para garantir sua sobrevivência, o perfil de consumo dos mais carentes não reflete escolhas, mas apenas limitações e impossibilidades. Não é por outra razão que economistas reverberam a máxima segundo a qual a inflação é um imposto sobre os mais pobres – e é por isso que combatê-la deveria ser prioridade para qualquer governo. É nesse contexto que a incoerência da atuação do Executivo chama ainda mais a atenção. Ao torrar bilhões para agradar a caminhoneiros, taxistas e donos de automóveis, Bolsonaro retroalimenta a inflação que se jacta de enfrentar. Para quem tem fome, tudo o que seu governo tem a oferecer é um Auxílio Brasil corroído e um empréstimo consignado marcado por juros extorsivos.

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Hoje se comemora:

Dia do Estagiário


Brasil

Outros

  • Dia da Libertação Humana (Mundial)
  • Dia da Revolução Cultural
  • Dia do estagiário
  • Dia Estadual da Siderurgia – MG
  • Dia Municipal do Motoqueiro – CE
  • Dia Nacional do Campo Limpo

Cristianismo

·         Dia de Santa Helena

 

O que eu comi hoje:

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18-08-22 (5ª. feira)                Peso:   57kg000                     Pressão: 14x8

 

Desjejum (7h30): mamão; abacate com aveia, granola e mel; salada de frutas (maçã,  melão. kiwi e morango) também com aveia, granola e mel; café com leite; e tapioca.

Almoço (12h00); salada mista; arroz; feijão e frango.

Sobremesa: iogurte grego tradicional; rapadura

Lanche (18h00): rapadura com wafwes.

Jantar (19 horas): macarrão.

 

A frase do dia: “Então me lembrei de ver pequenas coisas no YouTube que eram como publicidade subliminar. Já estava acontecendo há muito tempo: aquela coisa sobre ‘você não terá nada e será feliz’. E pensei: ‘o que isso significa?’. E pouco a pouco fui montando um quebra-cabeça. E isso me fez ainda mais resoluto”. (CLAPTON, Eric, que já foi chamado de Deus por seu desempenho na guitarra, ao criticar a vacinação pela Covid-19, Ele fez referência a uma suposta e ridícula “hipnose em massa’ apud Revista Veja, de 02 de fevereiro de 2022. Pág. 18).

 

Em 18 de agosto de 2008, Guerra do Afeganistão: ocorreu a emboscada no Vale de Uzbin. 


Em 18 de agosto de 2000, nasceu em Sorocaba, SP, a youtuber e influenciadora digital e atriz brasileira Vitória De Felice Moraes, conhecida o como Viih Tube e participante do Big Brother Brasil de 2021.

 

Em 18 de agosto de 2007, morreu em João Pessoa, aos 63 anos, o político brasileiro Gervásio Bonavides Mariz Maia, com base eleitoral na Paraíba.

 

Li no Jornal A Tarde, de 18 de agosto de 2022, 5ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Balanço – Candidaturas crescem cerca de 38% na Bahia”.  A Tarde apresenta quadro de 2022, em comparação com o pleito de 2018. 

 A Tarde

Li no Jornal Diário do Nordeste, de 18 de agosto de 2022, “Eleições – As estratégias dos candidatos a governador”. Campanha começa nas ruas do Ceará”. O que se sabe da disputa eleitoral no Ceará na largada da campanha nas ruas? Candidatos podem iniciar campanha nas ruas a partir desta terça-feira (16)

 do Nordeste, Capa da Edição do dia do jornal Diário do Nordeste

 

Li no Jornal Folha de São Paulo, de 18 de agosto de 2022, 5ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Eleições 2022 – Governo amplia isenção de impostos para pastores”. Em meio à campanha por voto evangélico, ato beneficia bônus e perdoa dívidas.

 

Li no Jornal Estado de São Paulo, de 18 de agosto de 2022, 5ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Eleições 2022 – As estratégia. Para evitar rejeição candidatos omitem partido na propaganda”. Parlamentar do Centrão, entre eles o do PL, DE Jair Bolsonaro, são os que mais ‘escondem’ sigla.

Estadão

 Li no Jornal O Globo, de 18 de agosto de 2022, 5ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Eleições 2022 – Denúncias de ‘fake news’ marcaam o início da campanha”. Acirramento dos discursos de Bolsonaro e Lula contribui para levar debate eleitoral à esfera jurídica.

 O Globo

Li no site SRzd, de 18 de agosto de 2022, 5ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Datafolha: ex-presidente Lula marca 47% no 1º turno, Jair Bolsonaro tem 32%”

 

Jair Bolsonaro e Lula. Fotos: Antonio Augusto/Secom/TSE e Reprodução/Youtube/Justiça Eleitoral

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