Saí logo cedo e fui à feirinha. Comprei abacaxi, banana, carambola,
mamão, manga; batata inglesa, cebola, cenoura e tomate. À tarde fui na Lotérica
receber uns trocados da loteria da semana passada.
O que eu comi hoje:
10/01/17
(3ª. feira)
Café da Manhã Lanche
1 Almoço Lanche 2 Jantar Ceia
7h30 10H30 13h00 16h30 18h30 20h30
Mamão Carambola Salada Mamão
iogurte com castanhas Uvas
Vitamina
banana - Lasanha
palmito Bolo baunilha de caju -
Magic Toast - Feijão - - -
- - Chocolate amargo- - -
Café da manhã: mamão, vitamina de banana, Magic Toast.
Lanche: 1 carambola.
Almoço: salada, lasanha de palmito e feijão.
Sobremesa: chocolate amargo (a 70% de cacau).
Lanche: 1 fatia de mamão e bolo de baunilha.
Jantar: iogurte com castanhas de caju.
Ceia: uvas
A frase do dia:
“Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio" (FREUD, Sigmund apud Jornal A Tarde, de 10 de janeiro de 2017. Caderno 2. Pág. 2).
Em 10 de janeiro de 1912,
ocorreu o bombardeio da cidade de Salvador,
na Bahia.

Em 10 de janeiro de 1980,
um incêndio destruiu o Mercado Modelo, uma
das principais atrações turísticas de Salvador.
Em 10 de janeiro de 1970, nasceu a
enxadrista sérvia-estadunidense Alisa Maric;
nasceu, também, o cantor e compositor brasileiro Salgadinho.

Em
10 de janeiro de 1976, nasceu a cantora, compositora e escultora brasileira Flávia Muniz.
Em
10 de janeiro de 2003, morreu a cantora brasileira Marisa Gata Mansa.

Em
10 de janeiro de 2011, morreu a atriz e diretora de teatro brasileira Marly Marley.

Li no Jornal A Tarde, de 10 de
janeiro de 2017, 3ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Crise nas cadeias – Temer fala em construir prisões após 99 mortes”. Presidente
anunciou implantação de um presídio Federal no Rio Grande do Sul.

Li no Jornal Folha de São Paulo, de
10 de janeiro de 2017, 3ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Mercado – União negocia com o Supremo para
solução de crise no Rio”. Proposta para suspender pagamento de dívidas do
Estado por mais de 36 meses será submetida a Temer e ao STF.

Li no Jornal dos Economistas, de
dezembro de 2016, a seguinte manchete em capa: Desenvolvimento da América Latina e Caribe”. Ruben D. Utria,
Marcelo Carcanholo, Niemeyer Almeida Filo, Arthur Koblitz e Eduardo Fagnani
abordam a conjuntura da região e modelos para o seu desenvolvimento e
integração.
Li no site SRzd, de 10 de janeiro de
2017, 3ª. feira, a seguinte manchete em capa: “Carnaval/RJ - Uma Banana Para o
Preconceito!”

O Brasil anda mesmo muito mal das pernas. E pior
ainda da consciência.
Como se não precisassem se preocupar com o lamaçal
econômico em que fomos jogados pela indigência estúpida dos desgovernos
nos últimos anos, setores da economia parecem mais interessados em polemizar e
se meterem onde não são chamados do que cuidarem de seus fundilhos.
Infelizmente é o caso de alguns representantes do agronegócio. Indignados com
a crítica da Imperatriz Leopoldinense à situação dos índios no verde Xingu,
setores do agronegócio “não aceitaram” a crítica, no enredo e no samba, considerando
“ignorância da escola e dos compositores”. Entidades do setor manifestaram-se,
em fila indiana, repudiando o enredo e a escola.
Que coisa feia! Que falta de conhecimento cultural!
Que insensibilidade para a alegria e a irreverência da maior festa popular do
país!
Não me causou surpresa a reação desses setores
produtivos contra a escola de samba. Estamos vivendo, no Brasil, um momento de
barbárie e depredação, onde as mentes estão mais ocupadas em desferir golpes e
descer marretas do que interagir para esclarecer. Se essas entidades ou
sociedades ou o raio-que-os-parta tivessem, de fato, a preocupação de
esclarecerem alguma coisa sobre suas práticas ou métodos produtivos, melhor
seria que se juntassem não para achincalhar a festa popular ou a escola de samba,
mas para interagir de forma amistosa, o que daria boa propaganda tanto para
nossa cultura quanto para um setor tão produtivo de nossa economia.
Esclarecer, informar, ajudar.
Mas não. Preferiram a militância cega, a acusação de
golpismo, o vitimismo, o discurso orquestrado em fatias – a cada momento, uma
associação ou grupo, numa ação orquestrada, em cadeia, choramingando como
pobre coitada e desferindo críticas ferinas, mostrando desrespeito e desprezo
à cultura popular. É a “modinha” da politiquice brasileira vigente!
Meteram seu bedelho numa praia que eles, por
ignorância cultural e agora comprovada alienação, desconhecem – a área da
cultura popular, o território das escolas de samba. Levaram o carnaval tão a
sério que fizeram do mau humor um envenenado agrotóxico!
Surpreendeu-me, no vendaval de abobrinhas e
ressentimentos orquestrados, uma fala de uma senhorita irritadiça, dita
“jornalista”, destilando desprezo ao índio e aos compositores de escola de
samba, como se fossem criaturas medíocres. Com falastronices ridículas em
duvidoso discurso associando todo o tempo o agronegócio com tecnologia, a dita
cuja fazia apologia de que, se quisessem mesmo viver sem tecnologia, os índios
deveriam “morrer de malária” sem medicação e os compositores deveriam “não
andar mais de carro”, considerando-lhes hipócritas por viverem com tecnologia
e defenderem a causa naturalista. O ressentimento e o rancor nas palavras
pareceem transcender a causa temática e atingir o âmbito pessoal: os nomes dos
compositores Moisés Santiago, Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna
foram citados com indisfarçáveis desprezo e ironia. Tratados como inferiores,
incapazes de raciocinar sobre alguma coisa com propriedade, só por serem
compositores de escola de samba.
Onde é que o Hitler assina?!
Quando falamos de Xingu, falamos de índios. Quando
falamos de escolas de samba e seus compositores, falamos de negros. A exceção
não é a regra. Ao que nos parece, a mentalidade branca parece não aceitar
muito bem essa história de conceder espaço para índio e discurso para negros.
Há um tom de racismo latente no ar. A forma como a moça estranha se indaga,
agressivamente, sobre “o que uma escola de samba e seus compositores entendem
disso?” é uma afronta clara. Mostra, também, o despreparo e a falta de
educação de pessoas em setores importantes do nosso país.
O discurso da moça é fanático, debochado e
classicista. Em dado momento, ela refere-se à Rainha de Ramos como “Leopoldo”.
Em sua extravagância sórdida, mal percebe que desconhecer uma das escolas de
samba mais importantes e um bastião cultural de nosso país como a Imperatriz
Leopoldinense não é insulto à escola: é atestado de estupidez com assinatura e
foto de quem não sabe o que a Leopoldina tem!
Não seremos tão insolentes, estúpidos ou generalistas
quanto eles, ao ponto de amaldiçoar o agronegócio por causa de uma parcela de
seus representantes que resolveu atacar a instituição “escola de samba”,
destilando burrice e arrogância. Entendemos que o país embruteceu demais nos
últimos anos, e que a sordidez dos governos federais recentes insuflou as
camadas atuantes de nossa sociedade a se ensoberbecerem e se tornarem
agressivas e metidas a donas do mundo. Queremos, apesar disso, acreditar que
há muitas pessoas de bom senso, educação, conhecimento cultural e dignidade
para – quando se sentirem, de alguma forma, maculadas ou mal representadas –
agirem não de forma agressiva e confrontadora, mas com diplomacia,
esclarecimento e gentileza. Estamos fartos de arrogância, pedantismo,
beligerância e proselitismo!
Não é de hoje que a escola de samba reivindica a
terra para os índios, a proteção ambiental e o respeito à natureza. Não é nem
tão original esse belo enredo da querida Imperatriz, ao ponto de merecer esse
ataque sórdido e infeliz.
Aos que não sabem, a Imperatriz Leopoldinense tem um
lastro de enredos que contam histórias de nosso povo, nossa gente, nossa fé,
nossa arte, nosso lugar. A Imperatriz Leopoldinense já clamou para que a
liberdade abra as asas sobre nós, já clamou a fé de nossos peregrinos, já decantou
os encantos da Bahia e já pregou a paz de Mandela contra intolerâncias e
práticas discriminatórias. E cantou, ano passado, o homem da terra e (sim) a
produção agrícola dos homens do campo. Parece que tendenciosamente apagaram o
que viram. Ou falaram sem ver. Triste!
Aqui, em meu modesto espaço, meu reconhecimento aos
trabalhadores e setores produtivos do agronegócio, fonte de riquezas de nosso
país. Os sérios e respeitosos, não os deslumbrados megalômanos que não sabem
se comunicar e querem aparecer mais que as plumas e paetês de um desfile de
escola de samba.
Meu carinho, respeito e reverência ao Grêmio
Recreativo e Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, Rainha de Ramos,
Estrela da Leopoldina, celeiro de bambas, reduto de samba, bandeira de um povo;
que é verde, amarela e branca como nosso país!
De 1959 até hoje, são 58 anos de grandeza em desfile!
De Amaury Jorio, Oswaldo Gomes Pereira, Zé Gato, Tinduca, Sagui, Indio,
Claudionor Belizário e outros fundadores históricos a Moisés Santiago, Adriano
Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna – compositores de hoje, dignos de nosso
respeito! – a história do samba sendo contada com poesia e grandeza por essa
escola maravilhosa.
Aos detratores, desprezo.
E “uma banana para o preconceito”!
Leiam esta reportagem completa
acessando o link:
http://www.srzd.com/colunas/helio-rainho/uma-banana-para-o-preconceito/
Até amanhã meus fiéis
seguidores.
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