Só se fala em Carnaval. Só se vive
o Carnaval. Mas não fui dançar, não fui ver, não acompanhei pela televisão, fiquei
totalmente out. De manhã, fui para o
apartamento de Joana esperar o armador de sofá que iria montá-lo. Joana tinha
uma reunião marcada para as 10 horas. Levei um jornal e duas revistas e fiquei
aguardando. Ele chegou às 11h20min e foi embora às 11h50min. Joana chegou às 13
horas.
Abaixo
vou transcrever mais um capítulo do livro: “A
maior história de todos os tempos: a própria vida”. O capítulo Porque eu
nunca gostei de Carnaval.
Porque eu nunca gostei de Carnaval
Nunca gostei de Carnaval. Explico: quando eu era criança, lá pelos
9 anos, fui ao Clube Militar com meus tios Elias e Luci e minhas primas Luciene
e Pilica. Era a primeira vez que eu ia a um Carnaval, mas levei meu lança-perfume.
Crianças levavam o lança-perfume porque não havia qualquer restrição. Nem passava
pela nossa cabeça que aquele brinquedo “tão inofensivo” pudesse vir a ser
proibido. Lá pulávamos, dançávamos e brincávamos. Achei uma chatice brincar de “trenzinho”,
uma criança atrás da outra, pulando e cantando. Eu não sabia cantar...
Já adolescente fui ao Rádio Clube, na rua Pe. João Crippa. Era o
clube mais badalado da cidade. Achei o “uó”. Não tinha jeito para ser alegre no
Carnaval. Todo mundo suado, ofegante... Isso era bom? Aquilo me incomodava. Dei
graças a Deus quando tudo acabou.
Mocinha, fui para o Rio de Janeiro. Saí no bloco de Ipanema e no
de Copacabana. Saíamos direto da praia, de biquíni, pulando, cantando,
gritando, dançando... Logo, logo eu me cansava e não gostava. Quando caía na
real, eu me sentia muito exposta. Ao subir a Rua Figueiredo Magalhães, quando íamos
para o bairro Peixoto, dava meia volta, saía de fininho e ia pra casa.
Certa vez, num concurso, ganhei dois ingressos para
brincar o Carnaval no Clube Municipal do Rio de Janeiro. Lá fui eu vestida de
baiana estilizada, de saia curtinha de renda. Lá eu gostei. Foi o único
Carnaval – que eu me lembre –, que
gostei. Eu estava com o espírito de Carnaval. Eu me esbaldei. Brinquei até as 6
horas da manhã.
Certa vez minhas tias Cira e Iracy me levaram para
ver o desfile das escolas campeãs do Rio de Janeiro. Ficávamos na arquibancada
vendo o desfile. Aquelas fantasias glamurosas não me empolgavam. Depois da 2ª.
escola desfilar eu já estava entediada. Eu achava que elas se arrastavam. Eu me
cansei. Foi um suplício ver até chegar a última escola.
Quando vim para Salvador saí num dos blocos mais
famosos da época: o Camaleão, de Luís Caldas! O cantor era muito bom. Não me
empolguei muito. Achava muito chato tudo. Quando tínhamos que parar ...
então... dávamos longas paradas. Eram minutos de descanso, para beber uma água,
tomar um refrigerante... Eu achava um “saco”! Toda suarenta, pés doloridos,
rouca... Isso é alegria?
No ano seguinte saí na “pipoca” atrás do trio
elétrico. Romântico, não? Pois, sim! Vinha um babaca e dava um beijo à força.
Um horror! Ou outro tentava ou passava a mão na bunda. Que constrangimento! Eu
via os ‘manés’ tentar pegar as meninas à força! Aquilo tendia a ser ninguém é
de ninguém. E o fedor da rua! Nossa! Cheiro de suor, de corpo sujo e de urina.
Sim, de urina, porque em Salvador os homens têm o hábito de urinar na rua. E os
apertos, com a multidão enlouquecida, esprimida? A gente se sente sem fôlego
tal é o sufoco, o empurra-empurra.
Vamos combinar: isso é alegria, bem-estar?
A
frase do dia: “Aos meus leitores que
curtam o Carnaval, os que gostam de se divertir, mas não esqueçam que deverá
ser tudo dentro da ordem e da paz. Assim todos saem lucrando” (Jornal
A Tarde, Caderno 2, de 28-02-15. Pág. 2).
Em
28 de fevereiro de 1644, Brasil Colônia: holandeses abandonaram São Luís do
Maranhão, que volta ao domínio português. Em 28 de fevereiro de 2013, terminou o pontificado de Bento XVI, que anunciou sua
renúncia do dia 11 de fevereiro do mesmo ano. Em 28 de fevereiro de 1901, nasceu
o químico norte-americano Linus Pauling. Em 28 de fevereiro de 1920, nasceu a
atriz, cantora e vedete brasileira Virgínia
Lane. Em 28 de fevereiro de 1935, morreu a compositora brasileira Chiquinha Gonzaga. Em 28 de fevereiro
de 1989, morreu o lexicógrafo, filólogo e ensaísta brasileiro Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira. Hoje
é comemorado o Dia do Agente Fiscal da Receita Federal e Dia do Livro Didático
Quem foi Chiquinha
Gonzaga? Francisca Edwiges
Neves Gonzaga, mais
conhecida como Chiquinha Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de
outubro de 1847 e morreu em 28 de fevereiro de 1935. Foi uma compositora,
pianista e regente brasileira.
A jovem Francisca aos 18
anos de idade (1865).
Foi a primeira chorona, primeira pianista
de choro, autora da primeira marcha carnavalesca com letra ("Ô Abre Alas", 1899) e também a
primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público do Rio de
Janeiro, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Em
maio de 2012 foi sancionada a Lei 12.624 que instituiu o Dia Nacional da Música
Popular Brasileira, a ser comemorado no dia de seu aniversário (Wikipédia).
Uma boa notícia
que deu no Jornal A Tarde, de 28 de
fevereiro de 2014, 5a. feira: “Economia – PIB da Bahia cresce acima 2013”.
Dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)
mostrando que o PIB do estado cresceu 3% no ano passado. Já o PIB nacional aumentou
2,3%, conforme o IBGE. O destaque na Bahia foi a indústria, com crescimento de
4,2%.
Uma notícia ruim que deu no Jornal A Tarde,
de 28 de
fevereiro de 2014, 5a. feira: “Inundações – Governo do Acre decreta
situação de emergência”. Além do desabastecimento provocado pela cheia do
rio Madeira, 331 famílias continuam abrigadas no Parque de Exposições de Rio Branco.
Li no Jornal A Tarde, de 28 de fevereiro de 2014, 5a. feira,
que trouxe a seguinte manchete: “Abertura
– Carnaval começa no balanço do Lepo Lepo”. Rei Momo recebe a
chave da cidade em cima do trio do Psirico, embalado pelo hit da vez: Lepo Lepo.
Fiz palavras cruzadas e sudoku.
Até amanhã meus fiéis seguidores!
Nenhum comentário:
Postar um comentário