quinta-feira, 24 de julho de 2014

24 de julho de 2014 (5ª. feira)

           Não fui à Academia. Fiquei escrevendo mais um capítulo do romance Denise. À tarde, fui dar aula.
     
           Abaixo, o décimo-primeiro capítulo do romance Denise. O primeiro capítulo foi publicado no dia 15 de maio, o segundo em 22 de maio, o terceiro capítulo em 29 de maio, o quarto, no dia 05 de junho. O quinto, em 12 de junho, o sexto, em 19 de junho, o sétimo, em 26 de junho, o oitavo em 3 de julho, o nono, no dia 10 de julho, o décimo, no dia 17 de julho, o décimo-primeiro hoje, o décimo-segundo capítulo do romance será publicado no dia 31 de julho:


DENISE (continuação)

XI


       Antes de dormir veio-lhe o pensamento da infância de Denise. Ela se lembrou de quando Denise era um bebê, depois quando deu os primeiros passos, quando largou as fraldas, do tempo das fantasias e quando aprendeu as primeiras letras e a garatujar o seu nome. Agora com 5 anos ela se desenvolveu muito. Gostava da rotina: que se contasse a mesma história do mesmo jeito muitas vezes. Continuava falante, só que agora pensava antes de falar, fazendo caras e bocas. Assumia responsabilidade com muita facilidade. Guardava os sapatos no lugar certo e dobrava suas roupinhas. Não as guardava porque as gavetas da cômoda eram muito duras, pesadas para abrir. Nisto ela gostava de imitar a mãe: dobrar, ajeitar e guardar. Gostava de imitar os outros.

Grande observadora e, em consequência imitava muito; por isso, sua mãe gostava de dar bons exemplos. Agradava-lhe fazer as coisas ao seu modo, mas também queria agradar os adultos à sua volta. “Não é assim, mamãe?” Ela se encontrava feliz no seu mundinho de faz-de-conta. Sua mãe estava muito vaidosa com o seu desempenho porque ela se expressava muito bem, fazia frases completas para explanar suas ideias, seus sentimentos, dar suas opiniões e escolher o que queria como aos 4 anos. Ela era muito criativa, conversava com suas bonecas, eram muitas histórias, faz-de-conta. Não eram mentiras. Essas fantasias eram necessárias para formar seu pensamento. Dentro de alguns anos ela já não conversará sozinha. Esse mundo de faz-de-conta terá mudado.

        Às vezes ela ficava sozinha, à mesa, desenhando sol, barco, bonecos, caretas e criava histórias por trás disso. Outras vezes ficava brincando com encaixe de brinquedos de madeira, ou joguinhos de quebra-cabeça, recortes ou colagens. Fazia uma certa bagunça, mas nada tão grande que não se pudesse dar uma ajeitada. Sabia segurar o lápis corretamente e já escrevia muitas palavrinhas, frases curtas, sem pontuação. Assim ela expressava o que via e sentia. Fazia desenhos e os explicava com uma riqueza de detalhes assustadora. Era interessante vê-la assim compenetrada, desenvolvendo suas ideias, às vezes irreais, mas que ela já sabia distinguir do real. Ela já sabia distinguir o real do imaginário e sabia que ela estava projetando algo errôneo, mas ela era uma criança FELIZ!

‘Ler, escrever e contar são conhecimentos importantes para um cidadão’. Por isso Denise começava a aprender isso nas conversas, brincadeiras e atividades que fazia junto com sua família, principalmente com sua mãe. Quando alguém lia para ela livros ou cartas de parentes, histórias da Bíblia para crianças, revistinhas, sua mãe estava ajudando para que ela entendesse que coisas escritas comunicavam ideias e notícias. Com isso, ela começou a se interessar por aprender a ler.

        Sonhos e pesadelos eram percebidos. Ela sempre gritava o nome de seu pai: “papaiiiii... paiê... papai, paaiiiii...” A mãe se intrigava porque ela chamava tanto pelo pai. Mas era angustiante. Às vezes ela chorava. Acordava sobressaltada, chorando... Abraçava-se à sua mãe e, soluçando, falava assim: “não foi nada não”. Não foi o quê? Ela aparentava muito medo. "O que você está tentando me dizer?" O pai – às vezes – entrava no quarto e falava para ela, com gestos, que deixasse a menina em paz. Glória obedecia o marido. Ela, depois do assassinato da filha, ficava intrigada com essas coisas.

     Como a maioria das crianças, Denise gostava muito de desenhar e garatujar. Quando os pais valorizavam o desenho, percebia-se que ela se sentia capaz, ficava feliz, alegre e animada para desenhar mais. Usava sua imaginação para pintar, criar, etc. Como Denise possuía bom humor este se intensificava facilmente com os desenhos e as histórias que ela criava, interpretava e contava com trejeitos, caretas e gestos. Uma gracinha! Todos se interessavam, apoiavam e a fustigavam para ver se ela fantasiava ainda mais! Era um verdadeiro deleite vê-la explicando seus desenhos;

      Desde os 4 anos ela tem medo de trovão, raio, pancada nas portas, do barulho quando cai uma panela, de bombinhas ou fogos, ou de qualquer outro ruído. Continua a ter medo da escuridão. Denise era comparada com Peteleco – o cachorrinho da família, que tinha medo de qualquer ruído, saía com o rabo entre as pernas e se escondia sob algum móvel. “O que é isso, Denise? Você acha bonito isso que Peteleco faz”. Ela inclinava a cabeça para o lado esquerdo, cruzava as mãozinhas à frente do corpo e, com um sorriso ‘amarelo’ e voz pastosa dizia “ele é boobooo... eu não souuuu!...”

    Às vezes, Glória se irritava com Denise. Alguma desobediência ou mentira a tiravam do sério. Certa vez, a psicóloga lhe disse que mentir é típico em crianças por volta dos 5 anos de idade. ‘Mentir reflete o desejo de viver aquilo que a mentira representa No entanto, isso não significa que você não deva brigar com ela, porque sim, deve fazê-lo. Mas entender os objetivos por trás das condutas da criança pode te ajudar a não reagir e perder o controle. Interpretar as ações da criança por ele mesmo pode produzir mais impacto que qualquer outra forma de ensiná-lo a se comportar’.

    Aconselhada a não castigar a menina, sua mãe se continha. Nunca a espancou ou a fez passar por constrangimentos devido a birra ou mentiras. Ela sabia deveria ensinar e não castigar. Às vezes era difícil. Mas ela procurava ficar calma, pois uma criança não aprende quando é atacada fisicamente. O castigo físico é uma falta de respeito a uma criança. Com esta idade ela aprendeu a interiorizar o sentido da obediência. Mas ela tinha personalidade. Obediente, sim; doce, nem tanto.

                Uma lágrima escorreu-lhe pelo rosto. Como castigar esta menina tão maravilhosa? Esses pensamentos vinham e voltavam. Sua mãe remoía essas lembranças. Ela queria achar quem a tinha assassinado. Ela tentava buscar no fundo de sua memória um fio de luz, uma gota de esperança... Mas o assassino haveria de ser descoberto. NÃO EXISTE CRIME PERFEITO! Ainda falta o resultado do exame de esperma...


Fiz palavras cruzadas e sudoku.


A frase do dia: “É o que nós pensamos que sabemos que nos impede de aprender” (BERNARD, Claude, fisiologista francês apud Jornal A Tarde, Caderno 2, de 24-07-14. Pág. 2).



     Em 24 de julho de 1823, escravidão foi abolida no Chile. Em 24 de julho de 2013, após vencer o Olímpia nos pênaltis, o Clube Atlético Mineiro conquistou sua primeira Copa Libertadores da América. 
Atlético Mineiro

Em 24 de julho de 1890, nasceu o advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro Guilherme de Almeida. 

Em 24 de julho de 1930, nasceu o ator e diretor brasileiro Jece Valadão. 

  Em 24 de julho de 2003, morreu o ator e comediante brasileiro Rogério Cardoso. 

   Em 24 de julho de 2008, morreu a cantora brasileira Zezé Gonzaga. 
Foto de arquivo
   
   Hoje é comemorado o Dia da Iluminação no Brasil.


Uma boa notícia que deu no Jornal A Tarde, de 24 de julho de 2014, 5ª. feira: “Câncer – Bahia é pioneira em terapia intraoperatória”. Primeiro equipamento do país funciona no Hospital São Rafael e reduz consideravelmente o tempo de tratamento.

Uma notícia ruim que deu no Jornal A Tarde, de 24 de julho de 2014, 5ª. feira: “Contas Públicas – Economia fraca e exonerações travam arrecadação no semestre”. Governo recolheu R$ 578,6 bi em impostos nos primeiros seis meses do ano.

Li no Jornal A Tarde, de 24 de julho de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: Pasadena – Tribunal condena 11 diretores da Petrobras”. TCU vê prejuízo de US$ 792,3 mi e bloqueia bens de Gabrielli e mais dez.

Capa do jornal A Tarde

             Li no site do SRZD, de 24 de julho de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: Justiça do Rio abriu inquérito contra ativistas após depoimento de testemunha. Uma testemunha que se apresentou por vontade própria, segundo o inquérito policial, colaborou com a denúncia contra 23 ativistas acusados de associação para a prática de vários crimes em protestos no Rio  (Redação SRZD). Leiam esta reportagem, acessando o link:

http://www.sidneyrezende.com/noticia/233725+justica+do+rio+abriu+inquerito+contra+ativistas+apos+depoimento+de+testemunha

Foto: Divulgação


          Até amanhã meus fiéis seguidores.



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