Não fui à Academia. Fiquei escrevendo
mais um capítulo do romance Denise. À tarde, fui dar aula.
Abaixo, o
décimo-primeiro capítulo do romance Denise.
O primeiro capítulo foi publicado no dia 15 de maio, o segundo em 22 de
maio, o terceiro capítulo em 29 de maio, o quarto, no dia 05 de junho. O
quinto, em 12 de junho, o sexto, em 19 de
junho, o sétimo, em 26 de junho, o oitavo em 3 de julho, o nono, no dia 10 de
julho, o décimo, no dia 17 de julho, o décimo-primeiro hoje, o décimo-segundo capítulo
do romance será publicado no dia 31 de julho:
DENISE
(continuação)
XI
Antes
de dormir veio-lhe o pensamento da infância de Denise. Ela se lembrou de quando
Denise era um bebê, depois quando deu os primeiros passos, quando largou as
fraldas, do tempo das fantasias e quando aprendeu as primeiras letras e a
garatujar o seu nome. Agora com 5 anos ela se desenvolveu muito. Gostava da
rotina: que se contasse a mesma história do mesmo jeito muitas vezes. Continuava
falante, só que agora pensava antes de falar, fazendo caras e bocas. Assumia
responsabilidade com muita facilidade. Guardava os sapatos no lugar certo e
dobrava suas roupinhas. Não as guardava porque as gavetas da cômoda eram muito
duras, pesadas para abrir. Nisto ela gostava de imitar a mãe: dobrar, ajeitar e
guardar. Gostava de imitar os outros.
Grande observadora e, em consequência
imitava muito; por isso, sua mãe gostava de dar bons exemplos. Agradava-lhe
fazer as coisas ao seu modo, mas também queria agradar os adultos à sua volta. “Não
é assim, mamãe?” Ela se encontrava feliz no seu mundinho de faz-de-conta. Sua
mãe estava muito vaidosa com o seu desempenho porque ela se expressava muito
bem, fazia frases completas para explanar suas ideias, seus sentimentos, dar
suas opiniões e escolher o que queria como aos 4 anos. Ela era muito criativa,
conversava com suas bonecas, eram muitas histórias, faz-de-conta. Não eram
mentiras. Essas fantasias eram necessárias para formar seu pensamento. Dentro
de alguns anos ela já não conversará sozinha. Esse mundo de faz-de-conta terá
mudado.
Às vezes ela ficava sozinha, à mesa,
desenhando sol, barco, bonecos, caretas e criava histórias por trás disso.
Outras vezes ficava brincando com encaixe de brinquedos de madeira, ou
joguinhos de quebra-cabeça, recortes ou colagens. Fazia uma certa bagunça, mas
nada tão grande que não se pudesse dar uma ajeitada. Sabia segurar o lápis
corretamente e já escrevia muitas palavrinhas, frases curtas, sem pontuação.
Assim ela expressava o que via e sentia. Fazia desenhos e os explicava com uma
riqueza de detalhes assustadora. Era interessante vê-la assim compenetrada, desenvolvendo
suas ideias, às vezes irreais, mas que ela já sabia distinguir do real. Ela já
sabia distinguir o real do imaginário e sabia que ela estava projetando algo
errôneo, mas ela era uma criança FELIZ!
‘Ler, escrever e contar são
conhecimentos importantes para um cidadão’. Por isso Denise começava a aprender
isso nas conversas, brincadeiras e atividades que fazia junto com sua família, principalmente
com sua mãe. Quando alguém lia para ela livros ou cartas de parentes, histórias
da Bíblia para crianças, revistinhas, sua mãe estava ajudando para que ela
entendesse que coisas escritas comunicavam ideias e notícias. Com isso, ela começou
a se interessar por aprender a ler.
Sonhos e pesadelos eram percebidos. Ela
sempre gritava o nome de seu pai: “papaiiiii... paiê... papai, paaiiiii...” A
mãe se intrigava porque ela chamava tanto pelo pai. Mas era angustiante. Às vezes
ela chorava. Acordava sobressaltada, chorando... Abraçava-se à sua mãe e,
soluçando, falava assim: “não foi nada não”. Não foi o quê? Ela aparentava muito
medo. "O que você está tentando me dizer?" O pai – às vezes – entrava
no quarto e falava para ela, com gestos, que deixasse a menina em paz. Glória
obedecia o marido. Ela, depois do assassinato da filha, ficava intrigada com
essas coisas.
Como
a maioria das crianças, Denise
gostava muito de desenhar e garatujar. Quando os pais valorizavam o desenho, percebia-se
que ela se sentia capaz, ficava feliz, alegre e animada para desenhar mais. Usava sua imaginação para pintar, criar, etc. Como Denise possuía
bom humor este se intensificava facilmente com os desenhos e as histórias que
ela criava, interpretava e contava com trejeitos, caretas e gestos. Uma
gracinha! Todos se interessavam, apoiavam e a fustigavam para ver se ela
fantasiava ainda mais! Era um verdadeiro deleite vê-la explicando seus
desenhos;
Desde os 4 anos ela tem medo de trovão, raio,
pancada nas portas, do barulho quando cai uma panela, de bombinhas ou fogos, ou
de qualquer outro ruído. Continua a ter medo da escuridão. Denise era comparada
com Peteleco – o cachorrinho da família, que tinha medo de qualquer ruído, saía
com o rabo entre as pernas e se escondia sob algum móvel. “O que é isso,
Denise? Você acha bonito isso que Peteleco faz”. Ela inclinava a cabeça para o
lado esquerdo, cruzava as mãozinhas à frente do corpo e, com um sorriso ‘amarelo’
e voz pastosa dizia “ele é boobooo... eu não souuuu!...”
Às vezes, Glória se irritava com
Denise. Alguma
desobediência ou mentira a tiravam do sério. Certa vez, a psicóloga lhe disse
que mentir é típico em crianças por volta dos 5 anos de idade. ‘Mentir reflete
o desejo de viver aquilo que a mentira representa No entanto, isso não
significa que você não deva brigar com ela, porque sim, deve fazê-lo. Mas
entender os objetivos por trás das condutas da criança pode te ajudar a não
reagir e perder o controle. Interpretar as ações da criança por ele mesmo pode
produzir mais impacto que qualquer outra forma de ensiná-lo a se comportar’.
Aconselhada
a não castigar a menina, sua mãe se continha. Nunca a espancou ou a fez passar
por constrangimentos devido a birra ou mentiras. Ela sabia deveria ensinar e
não castigar. Às vezes era difícil. Mas ela procurava ficar calma, pois uma
criança não aprende quando é atacada fisicamente. O castigo físico é uma falta
de respeito a uma criança. Com esta idade ela aprendeu a interiorizar o sentido
da obediência. Mas ela tinha personalidade. Obediente, sim; doce, nem tanto.
Uma lágrima escorreu-lhe pelo rosto. Como castigar esta menina tão
maravilhosa? Esses pensamentos vinham e voltavam. Sua mãe remoía essas
lembranças. Ela queria achar quem a tinha assassinado. Ela tentava buscar no
fundo de sua memória um fio de luz, uma gota de esperança... Mas o assassino
haveria de ser descoberto. NÃO EXISTE CRIME PERFEITO! Ainda falta o resultado
do exame de esperma...
Fiz palavras cruzadas e sudoku.
A frase
do dia: “É o que nós pensamos que
sabemos que nos impede de aprender” (BERNARD, Claude, fisiologista francês apud
Jornal A Tarde, Caderno 2, de 24-07-14. Pág.
2).

Em 24 de julho de 1823, escravidão foi abolida
no
Chile. Em 24
de julho de 2013, após vencer o Olímpia nos pênaltis, o Clube Atlético
Mineiro conquistou sua primeira Copa Libertadores
da América.

Em 24 de julho de 1890, nasceu o advogado,
jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro Guilherme de Almeida.

Em 24 de
julho de 1930, nasceu o ator e diretor brasileiro Jece Valadão.

Em 24 de julho de 2003, morreu o ator e comediante brasileiro
Rogério Cardoso.

Em 24 de julho de 2008,
morreu a cantora brasileira Zezé Gonzaga.

Hoje é comemorado o Dia da Iluminação no Brasil.
Uma boa notícia que deu no Jornal A Tarde, de 24
de julho de 2014, 5ª. feira: “Câncer – Bahia é
pioneira em terapia intraoperatória”. Primeiro equipamento do país funciona
no Hospital São Rafael e reduz consideravelmente o tempo de tratamento.
Uma notícia ruim que deu no Jornal A Tarde, de 24
de julho de 2014, 5ª. feira: “Contas Públicas – Economia fraca e exonerações travam
arrecadação no semestre”. Governo recolheu R$ 578,6 bi em impostos nos primeiros
seis meses do ano.
Li no Jornal A Tarde, de 24 de julho de 2014, 5ª. feira, que
trouxe a seguinte manchete: “Pasadena – Tribunal condena 11 diretores da
Petrobras”. TCU vê prejuízo de US$ 792,3 mi e bloqueia bens de Gabrielli e mais
dez.

Li no site do SRZD, de 24 de julho de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: “Justiça do Rio abriu inquérito contra ativistas após depoimento de testemunha. Uma testemunha que se apresentou por vontade própria, segundo o inquérito policial, colaborou com a denúncia contra 23 ativistas acusados de associação para a prática de vários crimes em protestos no Rio ” (Redação SRZD). Leiam esta reportagem, acessando o link:
http://www.sidneyrezende.com/noticia/233725+justica+do+rio+abriu+inquerito+contra+ativistas+apos+depoimento+de+testemunha
Até amanhã meus fiéis seguidores.
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