quinta-feira, 29 de maio de 2014

29 de maio de 2014 (5ª. feira)

        No post de 26 de maio de 2014 cometi um grave erro de informação. Citei como Sivuca tivesse morrido, mas, na verdade, ele nasceu em 26 de maio. A frase correta é “Em 26 de maio de 1930, nasceu o músico brasileiro Sivuca”.
 
Abaixo, o terceiro capítulo do romance Denise. O primeiro capítulo foi publicado no dia 15 de maio, o segundo em 22 de maio e terceiro capítulo hoje. O quarto capítulo do romance será publicado no dia 5 de junho.


DENISE


III

Seu pai aventou, na Polícia, a possibilidade de um suicídio. Hipótese absurda. Como ela teria suicidado? Com que revólver? Qual a causa? E para complicar mais: quem teria levado seu corpo para outro local? E de mais a mais, não haveria tempo. Sua mãe ficaria fora, é verdade, pois ela trabalharia o dia todo, mas... o seu pai teria ficado com ela. Segundo ele, na hora do ocorrido, teria ido ao banco resolver um problema inadiável. Coisa rápida.

Para a polícia houve pouco tempo para tal fato, em virtude dela estar impossibilitada de andar porque tinha sua perna direita engessada até a virilha. Se ela suicidou foi levada a isso por que? e quem tinha interesse de descartá-la e a teria levado para longe? Não. Não tem cabimento essa hipótese. Ora, por que ela teria suicidado, se tudo estava bem, exceto a perna? E por que alguém teria interesse em descartar o seu corpo após o suicídio?

Quando seu pai foi ao banco (a polícia vai averiguar) alguém deveria estar na tocaia. Parece que o tiro não foi detonado em seu quarto. Não há qualquer vestígio. Aquilo seria um crime perfeito? E crime perfeito existe? Eis a questão. Sua mãe começou a pesquisar na Internet se achava alguma coisa, alguma luz no fim do túnel que lhe desse um norte para descobrir quem teria feito aquilo.

            Ela encontrou a letra de uma música chamada Crime Perfeito, que não tinha nada a ver com crime. Era apenas uma metáfora. Mas logo nos dois primeiros versos, na primeira estrofe, aparece uma coisa: uma possibilidade: “Não adiantou trancar a minha porta/ Entrou pela janela”. Isso é uma verdade: “não adiantou trancar a minha porta”... mas o assassino entrou mesmo pela janela? Não há qualquer vestígio, por menor que seja. E ela, novamente, “ficou de mãos atadas” sem saber quem teria sido o assassino, sem que lhe fosse apontado um caminho.
        
Na segunda estrofe vem a seguinte frase: “Me pegou desprevenido eu nunca suspeitaria/ Meu mundo desabando inteiro em menos de um dia/Teu cheiro pelo ar, teus rastros pelo chão”. Ela caiu num convulsivo choro. A morte – mesmo que esperada, que não é o caso – sempre nos pega desprevenidos. O mundo realmente desabou para ela. Na sala, no quarto, tudo lembrava Denise. Seu jeito de ser, seu modo de agir, seu cheiro gostoso, seu caminhar, seu andar...
Crime Perfeito
João Neto & Frederico
Compositor: Gabriel Agra / Juliano Tchula / Marilia Mendonça
Não adiantou trancar a minha porta
Entrou pela janela
E me fez prisioneiro das vontades dela
Fiquei de mãos atadas não pude impedir

Depois saiu levando o que tinha mais valor
E nessa correria esqueceu do amor, da saudade

Me pegou desprevenido eu nunca suspeitaria
Meu mundo desabando inteiro em menos de um dia
Teu cheiro pelo ar, teus rastros pelo chão
E eu fui outra vítima da sua ingratidão

Eu fui o seu refém desse crime perfeito
Levou o que era meu você não tem direito
De me amar e fugir agora

Eu vou reconstruir tudo feito um bobo
Mesmo sabendo que vai me roubar de novo
Só assim eu te vejo outra vez

Não adiantou trancar a minha porta
Entrou pela janela
E me fez prisioneiro das vontades dela
Fiquei de mãos atadas não pude impedir

Depois saiu levando o que tinha mais valor
E nessa correria esqueceu do amor, da saudade

Me pegou desprevenido eu nunca suspeitaria
Meu mundo desabando inteiro em menos de um dia
Teu cheiro pelo ar, teus atos pelo chão
E eu fui outra vítima da sua ingratidão

Eu fui o seu refém desse crime perfeito
Levou o que era meu você não tem direito
De me amar e fugir agora

Eu vou reconstruir tudo feito um bobo
Mesmo sabendo que vai me roubar de novo
Só assim eu te vejo outra vez

Eu fui o seu refém desse crime perfeito
Levou o que era meu você não tem direito
De me amar e fugir agora

Eu vou reconstruir tudo feito um bobo
Mesmo sabendo que vai me roubar de novo
Só assim eu te vejo outra vez


Letra enviada por Rafael De Arruda
         Ela viu o filme Um Crime Perfeito (A Perfect Murder) – não o de 1954, filmado por Hitchcock, mas o de 1988. Baseado na peça Disque M Para Matar, de Frederick Knott. Um Crime Perfeito foi dirigido por Andrew Davis. “Casada por conveniência com o empresário Stephen Taylor (Michael Douglas), Emily Bradford (Gwyneth Paltrow) está apaixonada e tem um caso com o artista plástico David Shaw (Viggo Mortensen). Ao descobrir o envolvimento da esposa, Stephen investiga a vida de seu amante e descobre que ele é um tremendo vigarista que costuma dar golpes em mulheres ricas. À beira da falência, Stephen oferece a David US$ 500 mil para que ele mate sua infiel esposa Emily. Tudo é planejado para que pareça um acidente e assim Stephen receberá uma fortuna do seguro de vida da mulher. Mas a execução do plano não é tão perfeita assim”.
           
Até no cinema não existe crime perfeito. Ela só queria saber o que realmente aconteceu com sua filha. Um desencorajamento abateu-se sobre ela. Esse desânimo, esse abatimento continua. E continuará enquanto não for resolvido. Resolver como? Todos os vizinhos serão ouvidos. Os parentes. Os amigos. Os palpiteiros que queiram colaborar com a polícia... Todos mesmo ou, pelo menos, a maioria das pessoas deverão ser ouvidas já que não se tem uma pista sequer.

***

Minha amiga Maria Ferreira hospedou-se aqui em casa. Ontem fomos à palestra. Hoje, fomos ao Restaurante Coco Bahia. Ela levou boa impressão, creio. Depois fui à Fundação de Neurologia e Neurocirurgia Instituto do Cérebro, no Hospital da Bahia apanhar o resultado do exame (EEG) Digital e Mapeamento Cerebral. Resultado? Bom. Veja a conclusão do dr. Frederico Figueiroa: “Traçado eletroencefalográfico e mapeamento cerebral dentro da normalidade.

Fiz palavras cruzadas e sudoku.

A frase do dia: “Vamos de mãos dadas, ninguém atrás de ninguém” (SHAKESPEARE, William, dramaturgo e poeta inglês apud Jornal A Tarde, Caderno 2, de 29-05-14. Pág. 2).]


Em 29 de maio de 1969, estourou em Córdova (Argentina) um movimento de trabalhadores e estudantes, conhecido como o Cordobazo, que causou a morte de 14 pessoas. 

Em 29 de maio de 1988, começa em Moscou a reunião de cúpula Reagan-Gorbachov em que se foi acertado um acordo sobre a notificação prévia do lançamento de mísseis intercontinentais e outro sobre a verificação conjunta de provas atômicas. 

Em 29 de maio de 1959, nasceu a cantora brasileira Gretchen. 

Em 29 de maio de 1963, nasceu a atriz brasileira Débora Bloch. 

Em 29 de maio de 1987, morreu o jornalista brasileiro Leon Eliachar.

Em 29 de maio de 1999, morreu o atleta brasileiro Joao Carlos de Oliveira, o João do Pulo. 

Hoje é comemorado o Dia Mundial da Energia e Internacional dos Soldados da Paz das Nações Unidas.

Uma boa notícia que deu no Jornal A Tarde, de 29 de maio de 2014, 5ª. feira: “Saúde – Governo recebe proposta para melhorar SUS”. Dirigentes da área de saúde do Codes-BA esperam retorno do governador Jaques Wagner sobre a proposta de reestruturação da rede complementar ao SUS.

Uma notícia ruim que deu no Jornal A Tarde, de 29 de maio de 2014, 5ª. feira: “Manifestação – Professora é agredida e presa em meio a protesto no Rio de Janeiro”. Um protesto de professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro terminou em confronto entre manifestantes e policiais militares na tarde de ontem. Uma professora foi agredida e presa e ao menos quatro pessoas ficaram feridas.


Li no Jornal A Tarde, de 29 de maio de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: Transportes – Tíquete de R$ 14 faz greve dos roviários terminar”. A greve dos rodoviários de Salvador terminou ontem depois que os patrões concordaram em reajustar o tíquete-refeição de R$ 12,23 para R$ 14,00.
 Capa do jornal A Tarde

         Li no site do SRZD, de 29 de maio de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: “Joaquim Barbosa diz que se aposentou por 'livre arbítrio' e dá assunto mensalão como encerrado. Após anunciar sua aposentadoria, o ministro Joaquim Barbosa disse que o motivo de sua saída do Supremo Tribunal Federal é o "livre arbítrio" e ainda fez questão de ressaltar que o assunto "mensalão" está encerrado” (Redação SRZD). Leiam esta reportagem, acessando o link:

http://www.sidneyrezende.com/noticia/230037+joaquim+barbosa+diz+que+se+aposentou+por+livre+arbitrio+e+da+assunto+mensalao+como+encerrado

 


Até amanhã meus fiéis seguidores!

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