quinta-feira, 7 de agosto de 2014

07 de agosto de 2014 (5ª. feira)

         Ontem à noite a temperatura começou a baixar. Hoje está uma ventania bastante desagradável. Não fui à Academia, porque fui fazer um périplo pelos bancos, como meu computador está com vírus e não posso entrar nos sites dos bancos. Poderia pagar por telefone, mas quando eles mandam digitar o código de barras eu erro, por isso tenho de ir às agências. À tarde dei aula, cortaram-me os cabelos e fizeram-me as unhas.
     
           Abaixo, o décimo-terceiro capítulo do romance Denise. O primeiro capítulo foi publicado no dia 15 de maio, o segundo em 22 de maio, o terceiro capítulo em 29 de maio, o quarto, no dia 05 de junho. O quinto, em 12 de junho, o sexto, em 19 de junho, o sétimo, em 26 de junho, o oitavo em 3 de julho, o nono, no dia 10 de julho, o décimo, no dia 17 de julho, o décimo-primeiro, no dia 24 de julho; o décimo-segundo, no dia 31 de julho, o décimo-terceiro, hoje e o décimo-quarto capítulo do romance será publicado no dia 14 de agosto:


DENISE (continuação)

XIII

Deitada, já cochilando, veio-lhe à mente, a infância de Denise: bebê, 2 aninhos, três, quatro, cinco anos! Agora, ela com seis anos! Corria pelo quintal com aquelas pernas grossas, roliças, como se tivessem sido cingidas com um pincel. Vestido curto, que às vezes aparecia a calcinha... Saltando e saltitante, com os braços abertos, pulava, dava três passos, pulava de novo e mais três passos... E continuava brincando, alegre, feliz, sem traumas, sem problemas... parecia um anjo solto, pleno, desprovida de qualquer resquício de tristeza ou preocupação.

Egocêntrica. É o centro do seu próprio universo. Voando feito um avião, ali sozinha, ela o pilotava, o dirigia, aumentava e diminuía a “velocidade” de seu suposto avião. O que se passava por sua cabeça não se sabia, apenas o que se via. Parecia que ela estava mesmo em seu mundo interior, não ouvia e nem via as pessoas que a observavam. Ao gerir os elementos de sua mente, ela vivia o seu papel único, imutável, egocêntrico. Centrada na sua própria história, que ela criara, cultivava mais e mais “fatos” que ela desconhecia, mas que alimentava...

Parecia saber tudo e ao mesmo tempo queria fazer tudo à sua maneira e, também, queria muito todas as coisas. Ia a uma loja queria uma boneca Barbie, depois a Suzi e um bebê, além de jogos de armar, jogos de computador, quebra-cabeças... Enfim, queria todos os brinquedos! Não era possível satisfazê-la. Quando ia ao supermercado queria iogurte, queijo, chantilly, mortadela, salame, pão, requeijão, bolo, bolacha, biscoito... mas não insistia. Quando era colocado um “não” ela se calava, mas variava as escolhas. Quando lavava a louça não aceitava intervenções. Queria fazer à sua maneira. Só lavava quando queria.

Apesar de querer tudo e de gostar de possuir muitos objetos, não é cuidadosa. Era organizada, mas não sempre. Logo deixava de se interessar pelos brinquedos. Tinha certa irresponsabilidade. Segundo a psicóloga isso é próprio da idade de seis/sete anos. Gostava muito de elogia; quanto às críticas e reprovações ela não tolerava. Desejava e precisava de elogios: isso era uma alavanca para ela. Ela tinha que ser a primeira em tudo, a mais bela, a maior de todas e a mais querida. Não era uma criança pernóstica, era engraçadinha, terna e a meiga.

Não tolerava receber ordens. Ela as cumpria, mas devagarinho... passado um tempo ela fazia tudo como se fosse ideia sua. Todavia, se lhe ofereciam dinheiro para fazer algo, ela aceitava logo; não é a mesma coisa que receber uma ordem pura e simples. O manejo era diferente. Ela tinha noção do valor do dinheiro não só como ganho e recompensa. Ela aprendeu desde novinha a administrar o seu dinheiro, a sua mesada. Ela tinha noção de poupança e sabia juntar dinheiro para comprar o que ela queria. Sua mãe se lembra de quando ela queria comprar uma bicicleta ela juntou dinheiro. Seus pais completaram o valor.

Tinha dificuldade para decidir entre duas opções e estava se adaptando a dois mundos: o interno, que era o de sua casa e o externo: o mundo da escola. Se em casa ela seguia a novas responsabilidades (guardar os brinquedos, colocar a roupa suja no cesto, dobrar as roupas limpas e uarda-las nas gavetas...) e na escola cheia de regulamentos, proposições, hierarquias, ideia de conjunto de pessoas, formação de grupos, classes. Ela está se adaptando a esta nova vida, porque antes, na pré-escola era tudo “brincadeira”, as regras eram mais abstratas. Ou havia a “inexistência” de regras ou estas eram mais “frouxas” ou sublimadas.

Ela já estava preparada para receber instruções de leitura, escrita e aritmética. Isto não é próprio de uma criança de seis anos. Parece que Denise estava à frente de seu tempo. Por outro lado, captava muitas conversas, muitas coisas que ela não tinha condição de resolver ou compreender. Tinha plena noção do bom e do mau, amealhadas com meios aprovados ou desaprovadas pelo pai e a mãe. Seus desenhos agora eram mais realistas do que eram aos quatro ou cinco anos. Gostava de estudar, apesar de não gostar de receber ordens.

       Glória ficava repassando a vida de Denise. Ora se lembrava de coisas boas e outras inusitadas. Com essas elucubrações, ela queria descobrir quem lhe fez tanto mal, chegando a tirar-lhe a vida. Ela se lembra perfeitamente de sua letrinha e de seus números. Ela não os escrevia, os desenhava. Era tão bonita sua letra! Trocava o s, o z, o c, o q e o ç. “Casa” escrevia “Caza”;  “azul” escrevia “asul”; “seca” escrevia “ceca”; “queijo” escrevia “cejo”; “caça” escrevia “qasa”... Mas nada disso tem significado. Não existe. Quem transitou por esse caminho não existe mais. Oh! Denise!

***

Fiz palavras cruzadas e sudoku.


frase do dia: “Quarenta anos é a velhice da juventude, mas cinquenta anos é a juventude da velhice” (HUGO, Victor, dramaturgo francês apud Jornal A Tarde, Caderno 2, de 07-08-14. Pág. 2).
 

     Em 07 de agosto de 1794, tem lugar em Lisboa o último auto-de-fé.
 

 Em 07 de agosto de 1991, Tim Berners-Lee coloca on-line o primeiro website, inaugurando a World Wide Web.
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       Em 07 de agosto de 1876, nasceu a espiã holandesa Mata Hari (Margaretha Geertruida Zelle). 
 

      Em 07 de agosto de 1953, nasceu a atriz brasileira Vera Holtz. 
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      Em 07 de agosto de 1978, morreu o cantor brasileiro Orlando Silva. 
 

     Em 07 de agosto de 2007, morreu o médico, professor e erudito brasileiro Clodoaldo Beckmann. 
 

Uma boa notícia que deu no Jornal A Tarde, de 07 de agosto de 2014, 5ª. feira: “Combustíveis – Acordo põe fim à greve de frentistas”. Entre as conquistas da categoria está aumento de 10% no salário e de 19,35% no auxílio-alimentação mensal.


Uma notícia ruim que deu no Jornal A Tarde, de 07 de agosto de 2014, 5ª. feira: “Viagens – Atraso na emissão de vistos para os EUA prejudica baianos”. Acesso à liberação deve passar dos 10 dias úteis informados pela Embaixada norte-americana.


Li no Jornal A Tarde, de 07 de agosto de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: “Justiça – Patrão que não contratar doméstica será multado”. Empregador que não assinar carteira e for denunciado terá que desembolsa, pelo menos R$ 805,06.
 

            Li no site do SRZD, de 07 de agosto de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: Lei Maria da Penha completa oito anos: 300 mil mulheres foram salvas. A Lei Maria da Penha completa, nesta quinta-feira, oito anos. Neste tempo, mais de 300 mil mulheres foram salvas, e 100 mil mandados de prisão foram expedidos contra os agressores, de acordo com dados da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM). (Redação SRZD). Leiam esta reportagem, acessando o link:

lei maria da penha 

          Até amanhã meus fiéis seguidores.


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