De manhã, fiquei escrevendo mais um capítulo de Denise. Era
para eu ter escrito antes, mas não deu. Abaixo, o décimo oitavo capítulo
do romance Denise. O primeiro capítulo foi publicado
no dia 15 de maio, o segundo em 22 de maio, o terceiro capítulo em 29 de maio,
o quarto, no dia 05 de junho. O quinto, em 12 de junho, o sexto, em 12 de
junho, o sétimo, em 26 de junho, o oitavo em 3 de julho, o nono, no dia 10 de
julho, o décimo, no dia 17 de julho, o décimo-primeiro, no dia 24 de julho; o
décimo-segundo, no dia 31 de julho; o décimo-terceiro, no dia 07 de agosto, o
décimo-quarto, dia 14 de agosto; o décimo-quinto capítulo, dia 21 de agosto; o
décimo-sexto capítulo, dia 28 de agosto; o décimo sétimo capítulo, dia 4 de
setembro; o décimo oitavo capítulo, hoje e o décimo nono capítulo do romance será
publicado no dia 18 de setembro:
DENISE (continuação)
XVIII
A
primeira moça tinha 17 anos. Vinha da faculdade e estava no ponto de ônibus aguardando
a chegada do coletivo para transportá-la até a casa. Foi abordada pelo moço da
moto:
– Oi! Tudo bem? Como vai?
– Oi!
– E você
está esperando o ônibus? Vem da faculdade?
– É...
venho da faculdade.
– Tão
jovenzinha... já na faculdade...
– Entrei
neste ano. Faculdade de Nutrição.
– Quer
dizer que lá na sua casa se come muito bem. Onde você mora?
– Aqui
perto. Dá até para ir a pé.
– Ah! Então
te levo.
– E como
você se chama mesmo?
– Clarissa.
Ela, meio ressabiada, foi. Nunca tinha ouvido falar no maníaco,
mas ia de ônibus para agradar a sua mãe que não a queria andando por aí
sozinha. No caminho, ele ia caladão. Até que fez a volta e entrou no mato. Quando ela percebeu a cilada em que havia
caído, ele já estava entrando no mato. Ela começou a gritar. Ele tapou sua
boca, deu-lhe uns tapas quando apareceu o senhor que havia ido fazer
necessidades. O maníaco saiu dizendo assim: “não me procure nunca mais”. Deus!
como se ela o tivesse atraído! Ela ficou mal perante o senhor que havia ido
fazer necessidades. Mas foi salva de um estupro e morte.
A
outra, uma moçoila de 18 anos, que se chamava Marísia. Não havia mais ninguém
no ponto de ônibus. Ele não teve conversa, abordou-a diretamente.
– Vam’bora.
– Embora pra onde? Não vou.
Não
queria acompanhá-lo. Foi constrangida pelo maníaco com ameaça de morte. Ele foi
segurando seu braço com muita força. Levou-a para o mesmo mato.
Coincidentemente um carro com um casal de namorados estacionou bem ali. Ele a
soltou. Como ele estava desarmado, pegou a moto e caiu fora. Ele parecia
transtornado. Parecia que tinha muito medo de testemunhas. A valentia acabava
com o sinal de qualquer movimentação de gente. Além de dissimulado, era
estuprador, assassino e covarde. Se, por sinal de qualquer pessoa, ele
“amarelava” é porque era um covardão.
Na
Delegacia, as moças foram chamadas. Elas reconheceram o indivíduo. Ambas
contaram que ele falava baixinho. Sua abordagem, aliás, não era aterrorizante,
apesar de sua agressividade com Marísia. Sua abordagem inicial era mansa. Ele
só foi incisivo quando ela disse que não iria com ele. Aí ele mostrava as
garras. Era cruel. Chegou a exigir que ela tirasse suas vestimentas. Como ela
se recusou, ele as arrancou violentamente. Só parou quando um carro com um
casal de namorados estacionou. Saiu esbaforido e pegou a moto, partindo em
seguida.
A Polícia, com o motoqueiro estava
investigando simultaneamente dois crimes: a morte de Denise e os estupros em
série. Estava claro – ou quase isso – que ele não havia assassinado Denise; mas
o caso dos assassinatos em série eram gritantes e cada vez mais apareciam
famílias relatando casos de moças estupradas e assassinadas. E ele era quem
mais se adequava ao caso de ‘serial killer’. A polícia acha que ele não matou o
senhor que foi fazer necessidades no mato e o casal de namorados que havia
parado o carro porque ele nunca estava armado. Em nenhuma das duas vezes. Ele
matou todas suas vítimas por estrangulamento.
As
duas moças foram classificadas como testemunhas da acusação. E não tinha
ninguém para defendê-lo? Claro que tinha. Os familiares não acreditavam, pois
ele sempre estava em casa até meia-noite. Ele era um menino educado, cordato,
calmo e falava pouco. Colegas de trabalho alegavam que era ‘impossível’ ser ele
o estuprador da moto. Que ele andava de preto, andava. Mas quantos outros não
andavam? Que andava de moto, sim. Pelo seu temperamento ele jamais poderia ser
o ‘serial killer’. O que a defesa não sabia é que ele já havia confessado
tudo. Só não confessou a morte de
Denise.
Ele contou como estrangulava as moças. Desferia-lhes socos na fronte até
elas desmaiarem. Algumas desmaiavam já com o primeiro soco. Antes, ele as
estapeava e as estuprava. O fato delas gritarem de dor o excitava bastante.
Quando elas desmaiavam já não lhe interessava mais. Então ele as estrangulava
com as blusas, saias ou cachecóis. Quando elas estavam com a língua de fora e
os olhos esbugalhados, ele se certificava se elas estavam mortas. Ele se sentia
aliviado. Então ia embora para casa. Sempre, por volta da meia-noite. Tomava
banho, jantava e ia dormir tranquilamente. Ele já tinha se esquecido delas.
***
À tarde, dei aula e à
noite fui a uma reunião do Condomínio Aquárius, aqui em rente de casa.
Fiz
palavras cruzadas e sudoku.
A frase do dia: “Ninguém aceita conselhos, mas todos
aceitarão dinheiro; então o dinheiro vale mais que conselhos” (SWIFT, Jonathan, escritor irlandês apud Jornal A Tarde, Caderno 2, de 11-09-14. Pág. 2).
Em 11 de setembro de 2001, ataque terrorista às torres gêmeas do
World Trade Center de Nova York e ao Pentágono em Washington, provocando cerca de 3 000 mortes.
Em 11 de
setembro de 2005, Israel declara unilateralmente seu desligamento militar nas operações
na faixa de Gaza.
Em 11
de setembro de 1885, nasceu o escritor inglês D. H. Lawrence.

Em
11 de setembro de 1903, nasceu o filósofo alemão Theodor Adorno.

Em 11 de setembro de 1973, morreu o político
chileno Salvador Allende.
Em 11 de setembro de 2006, morreu o escritor alemão Joachim
Fest.
Hoje é comemorado o Dia do Cerrado.
Uma boa
notícia que deu no Jornal A Tarde, de 11 de setembro de
2014, 5ª. feira: “Preservação – Dia Nacional do Cerrado é
festejado no oeste”. Ambientalistas
e militantes na defesa do meio ambiente promovem eventos à manutenção do Bioma.
Uma notícia ruim que deu no Jornal A
Tarde, de 11 de setembro de 2014, 5ª. feira: “Transportes – Plano Inclinado Gonçalves só voltará
a operar no dia 30”. Plano Inclinado
Gonçalves teve atividades suspensas seis meses após reinauguração. Fechado
há cerca de dois meses, equipamento tem defeito no motor.
Uma notícia inusitada que deu no Jornal A
Tarde, de 11 de setembro de 2014, 5ª. feira: “Solidariedade – Alunos vão à escola de saia para
apoiar colega transexual”. Um grupo
de alunos da Universidade de São Cristóvão do Colégio Pedro II saiu em defesa
de uma colega transexual. A estudante decidiu trocar as calças do uniforme por
uma saia num dos intervalos de aula.
Li no Jornal A Tarde, de 11
de setembro de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: “Ditadura
– Acusados pela morte de Rubens Paiva serão julgados’”. Desembargadores acataram tese de que Lei
da Anistia não se aplica a crimes lesa-humanidade.

Li no site do SRZD, de 11 de
setembro de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: “Rio recebe nova feira de moda independente. Uma nova
feira de moda e artes em geral chega ao Rio de Janeiro. A Hype Free Market vem
com a iniciativa de misturar novos designers a brechós, a exemplo das feiras de
rua de Londres e Nova York” (Redação SRZD). Leiam esta
reportagem, acessando o link:

Até amanhã meus fiéis seguidores.
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