quinta-feira, 11 de setembro de 2014

11 de setembro de 2014 (5ª. feira)

          De manhã, fiquei escrevendo mais um capítulo de Denise. Era para eu ter escrito antes, mas não deu. Abaixo, o décimo oitavo capítulo do romance Denise. O primeiro capítulo foi publicado no dia 15 de maio, o segundo em 22 de maio, o terceiro capítulo em 29 de maio, o quarto, no dia 05 de junho. O quinto, em 12 de junho, o sexto, em 12 de junho, o sétimo, em 26 de junho, o oitavo em 3 de julho, o nono, no dia 10 de julho, o décimo, no dia 17 de julho, o décimo-primeiro, no dia 24 de julho; o décimo-segundo, no dia 31 de julho; o décimo-terceiro, no dia 07 de agosto, o décimo-quarto, dia 14 de agosto; o décimo-quinto capítulo, dia 21 de agosto; o décimo-sexto capítulo, dia 28 de agosto; o décimo sétimo capítulo, dia 4 de setembro; o décimo oitavo capítulo, hoje e o décimo nono capítulo do romance será publicado no dia 18 de setembro:



DENISE (continuação)
   
                         XVIII                             

        A primeira moça tinha 17 anos. Vinha da faculdade e estava no ponto de ônibus aguardando a chegada do coletivo para transportá-la até a casa. Foi abordada pelo moço da moto: 

                    – Oi! Tudo bem? Como vai?
                     – Oi!
                     – E você está esperando o ônibus? Vem da faculdade?
                     – É... venho da faculdade.
                     – Tão jovenzinha... já na faculdade...
                     – Entrei neste ano. Faculdade de Nutrição.
                     – Quer dizer que lá na sua casa se come muito bem. Onde                                     você mora?
                     – Aqui perto. Dá até para ir a pé.
                     – Ah! Então te levo.
                     – E como você se chama mesmo?
                     – Clarissa.

  Ela, meio ressabiada, foi. Nunca tinha ouvido falar no maníaco, mas ia de ônibus para agradar a sua mãe que não a queria andando por aí sozinha. No caminho, ele ia caladão. Até que fez a volta e entrou no mato.  Quando ela percebeu a cilada em que havia caído, ele já estava entrando no mato. Ela começou a gritar. Ele tapou sua boca, deu-lhe uns tapas quando apareceu o senhor que havia ido fazer necessidades. O maníaco saiu dizendo assim: “não me procure nunca mais”. Deus! como se ela o tivesse atraído! Ela ficou mal perante o senhor que havia ido fazer necessidades. Mas foi salva de um estupro e morte.

        A outra, uma moçoila de 18 anos, que se chamava Marísia. Não havia mais ninguém no ponto de ônibus. Ele não teve conversa, abordou-a diretamente.
                    – Vam’bora.


                    – Embora pra onde? Não vou.
       
        Não queria acompanhá-lo. Foi constrangida pelo maníaco com ameaça de morte. Ele foi segurando seu braço com muita força. Levou-a para o mesmo mato. Coincidentemente um carro com um casal de namorados estacionou bem ali. Ele a soltou. Como ele estava desarmado, pegou a moto e caiu fora. Ele parecia transtornado. Parecia que tinha muito medo de testemunhas. A valentia acabava com o sinal de qualquer movimentação de gente. Além de dissimulado, era estuprador, assassino e covarde. Se, por sinal de qualquer pessoa, ele “amarelava” é porque era um covardão.

        Na Delegacia, as moças foram chamadas. Elas reconheceram o indivíduo. Ambas contaram que ele falava baixinho. Sua abordagem, aliás, não era aterrorizante, apesar de sua agressividade com Marísia. Sua abordagem inicial era mansa. Ele só foi incisivo quando ela disse que não iria com ele. Aí ele mostrava as garras. Era cruel. Chegou a exigir que ela tirasse suas vestimentas. Como ela se recusou, ele as arrancou violentamente. Só parou quando um carro com um casal de namorados estacionou. Saiu esbaforido e pegou a moto, partindo em seguida.

   A Polícia, com o motoqueiro estava investigando simultaneamente dois crimes: a morte de Denise e os estupros em série. Estava claro – ou quase isso – que ele não havia assassinado Denise; mas o caso dos assassinatos em série eram gritantes e cada vez mais apareciam famílias relatando casos de moças estupradas e assassinadas. E ele era quem mais se adequava ao caso de ‘serial killer’. A polícia acha que ele não matou o senhor que foi fazer necessidades no mato e o casal de namorados que havia parado o carro porque ele nunca estava armado. Em nenhuma das duas vezes. Ele matou todas suas vítimas por estrangulamento.

         As duas moças foram classificadas como testemunhas da acusação. E não tinha ninguém para defendê-lo? Claro que tinha. Os familiares não acreditavam, pois ele sempre estava em casa até meia-noite. Ele era um menino educado, cordato, calmo e falava pouco. Colegas de trabalho alegavam que era ‘impossível’ ser ele o estuprador da moto. Que ele andava de preto, andava. Mas quantos outros não andavam? Que andava de moto, sim. Pelo seu temperamento ele jamais poderia ser o ‘serial killer’. O que a defesa não sabia é que ele já havia confessado tudo.  Só não confessou a morte de Denise.

         Ele contou como estrangulava as moças. Desferia-lhes socos na fronte até elas desmaiarem. Algumas desmaiavam já com o primeiro soco. Antes, ele as estapeava e as estuprava. O fato delas gritarem de dor o excitava bastante. Quando elas desmaiavam já não lhe interessava mais. Então ele as estrangulava com as blusas, saias ou cachecóis. Quando elas estavam com a língua de fora e os olhos esbugalhados, ele se certificava se elas estavam mortas. Ele se sentia aliviado. Então ia embora para casa. Sempre, por volta da meia-noite. Tomava banho, jantava e ia dormir tranquilamente. Ele já tinha se esquecido delas.

***

À tarde, dei aula e à noite fui a uma reunião do Condomínio Aquárius, aqui em rente de casa.
          
 Fiz palavras cruzadas e sudoku.

frase do dia: “Ninguém aceita conselhos, mas todos aceitarão dinheiro; então o dinheiro vale mais que conselhos” (SWIFT, Jonathan, escritor irlandês apud Jornal A Tarde, Caderno 2, de 11-09-14. Pág. 2).
 
              Em 11 de setembro de 2001, ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center de Nova York e ao Pentágono em Washington, provocando   cerca de 3 000 mortes.

 Em 11 de setembro de 2005, Israel declara unilateralmente seu desligamento militar nas operações na faixa de Gaza.
 

      Em 11 de setembro de 1885, nasceu o escritor inglês D. H. Lawrence. 
 

      Em 11 de setembro de 1903, nasceu o filósofo alemão Theodor Adorno. 
 

      Em 11 de setembro de 1973, morreu o político chileno Salvador Allende. 
 

      Em 11 de setembro de 2006, morreu o escritor alemão Joachim Fest. 


    Hoje é comemorado o Dia do Cerrado.


            Uma boa notícia que deu no Jornal A Tarde, de 11 de setembro de 2014, 5ª. feira: “Preservação – Dia Nacional do Cerrado é festejado no oeste”. Ambientalistas e militantes na defesa do meio ambiente promovem eventos à manutenção do Bioma.


Uma notícia ruim que deu no Jornal A Tarde, de 11 de setembro de 2014, 5ª. feira: “Transportes – Plano Inclinado Gonçalves só voltará a operar no dia 30”. Plano Inclinado Gonçalves teve atividades suspensas seis meses após reinauguração. Fechado há cerca de dois meses, equipamento tem defeito no motor.


Uma notícia inusitada que deu no Jornal A Tarde, de 11 de setembro de 2014, 5ª. feira: “Solidariedade – Alunos vão à escola de saia para apoiar colega transexual”. Um grupo de alunos da Universidade de São Cristóvão do Colégio Pedro II saiu em defesa de uma colega transexual. A estudante decidiu trocar as calças do uniforme por uma saia num dos intervalos de aula.


Li no Jornal A Tarde, de 11 de setembro de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: “Ditadura – Acusados pela morte de Rubens Paiva serão julgados’”. Desembargadores acataram tese de que Lei da Anistia não se aplica a crimes lesa-humanidade.
Capa do Jornal A TARDE 

            Li no site do SRZD, de 11 de setembro de 2014, 5ª. feira, que trouxe a seguinte manchete: Rio recebe nova feira de moda independente. Uma nova feira de moda e artes em geral chega ao Rio de Janeiro. A Hype Free Market vem com a iniciativa de misturar novos designers a brechós, a exemplo das feiras de rua de Londres e Nova York (Redação SRZD). Leiam esta reportagem, acessando o link:

 Foto: Reprodução


          Até amanhã meus fiéis seguidores.

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