sexta-feira, 20 de setembro de 2013

19 de setembro de 2013 (5ª. feira)

           Fui à missa na Paróquia de Nossa Senhora da Assunção para rezar por duas causas boas: 1º.) pela restauração da saúde de minha filha; 2º.) em sufrágio da alma de minha mãe, que está completando 28 meses (2 anos e quatro meses) de falecida.

         Abaixo vou transcrever mais um capítulo do livro: “ A maior história de todos os tempos: a própria vida” . O capítulo Vivência Escolar foi escrito em 2001:

Vivência Escolar

Foi enorme a minha alegria quando fui para o Grupo Escolar Joaquim Murtinho. Era um Colégio grande, no centro da cidade, em plena Avenida Afonso Pena, a rua da Prefeitura Municipal. Lá tive contato com muitas crianças.  Fazia-se fila no pátio. Cantávamos o Hino Nacional e o Hino à Bandeira e hinos de guerra, todos os alunos em forma. Estávamos na década de 50.

No início de 1955 – fevereiro, – fiz o exame de Admissão ao Ginásio.  Era um míni-vestibular de Português, Matemática, História e Geografia, para a passagem do Curso Primário para o Ginasial. Quando olhei na lista de aprovados, o meu nome estava lá. Olhei umas três vezes para ter certeza. Cheguei em casa exultante!

Matriculei-me no colégio mais bonito e arrojado da cidade. Era um colégio projetado por Oscar Niemeyer, de formas arredondadas, na Rua Y-Juca Pyrama, no Bairro Amambaí. Era o Colégio Estadual Campograndense. Lá tive a oportunidade de estudar com Ney Matogrosso. Ele ainda não havia feito sua opção sexual. Era o terror das garotinhas. Eu me lembro: ele foi primeira pessoa que vi usar calça jeans.

O Colégio Estadual era o melhor colégio da cidade. Tinha o Colégio Dom Bosco dos padres salesianos e o Colégio Oswaldo Cruz, particular. No Colégio Estadual estudavam os filhos dos doutores, secretários, deputados e militares (pois ali era a sede da 4a. Zona Aérea). Tive a oportunidade de ser aluna da professora Maria da Glória Sá Rosa. Pedagoga, professora, poeta e jornalista, além de autora de livros. Era professora de Língua Portuguesa. Foi ela quem me incentivou a escrever. Trabalhei no Jornal Correio do Estado como entrevistadora e cronista. Eu tinha uma coluna semanal e escrevia uma crônica diariamente. Escrevi também no O Mato-grossense e na Tribuna de Mato Grosso, como Cronista.

Quis o destino que eu me tornasse professora de Matemática. Guardo a lembrança do Prof. Luís Cavallón. Era o terror do Colégio e eu sempre consegui passar em sua matéria. Terminei o Curso Científico à noite, pois eu já trabalhava no jornal e na Prefeitura Municipal.

No Colégio, todas as manhãs, invariavelmente, ficávamos em fila, uns atrás dos outros, exatamente atrás, olhando para a nuca do colega. E cantávamos ou o Hino Nacional ou o Hino à Bandeira e uns dois hinos de guerra. Era conduzido pelo professor de Canto Orfeônico ou pelo professor de Educação Física. Éramos santos? Nem tanto. Enquanto os que estavam perto do professor cantavam “Já podeis da Pátria filhos...”, os outros cantavam “Japonês tem quatro filhos...”. Alguns alunos só sabiam a segunda letra.

Isso fazia sentido. 40% da população eram de japoneses. Ah, ia me esquecendo, tinha a cerimônia do hasteamento da Bandeira do Brasil, do Estado de Mato Grosso, da Cidade de Campo Grande e do Colégio Estadual Campograndense. Eu nunca tive a alegria nem o privilégio de hastear uma bandeira. Isto era reservado para os alunos melhor uniformizados, corretamente uniformizados. Tive um único uniforme nos quatro anos de ginásio. A minha saia foi virada pelo avesso, foi tingida, foi emendada... Só a blusa era substituída porque a do ano anterior não servia mais.

Íamos para a sala de aula. Quando a professora, a diretora ou qualquer outra pessoa que entrasse na sala, nós nos levantávamos, sem fazer barulho, sem puxar o banco. Aliás, eles não davam para ser puxados: eram de madeira pesada, eram firmes, de boa qualidade.

Hoje, quando entra uma visita não há respeito: os alunos continuam conversando, se estão sentados de lado, ficam. Não existe mais aquela postura, aquela deferência toda especial. Não se cantam mais hinos como se cantava. Éramos crianças e adolescentes que tínhamos encantamento pela escola. Não sei se é porque Campo Grande era uma cidade muito pequena, sem divertimentos, é que gostávamos tanto da escola. Mas gostávamos.

Havia o laboratório onde fazíamos as experiências de biologia, física e química. Eu gostava muito das aulas práticas. Hoje elas ainda existem? Em apenas alguns pouquíssimos colégios. No colégio que hoje dou aula foi inaugurado um belo laboratório. Foi transformado em sala-de-aula. Os balcões e as banquetas foram removidos.

Concluí o 3o. Ano Científico. Teve festa com solenidade e tudo. Mas meu pai não deixou que eu participasse. Chorei, chorei. Estava pronta para fazer o Vestibular, mas em Campo Grande não havia faculdade. Tive que viajar. Ir para outras plagas.  Escolhi o Rio de Janeiro porque meu irmão César já estava lá e três tias (Iracy, Teresinha e Círia) também moravam lá.

         A frase do dia: “Há um certo momento na trajetória de toda e qualquer nação em que ela se considera a escolhida. É nesse momentobque ela se considera a escolhida. É nesse momento que ela dá o melhor e o pior de si” (CIORAN, Emil, filósofo romano apud Jornal A Tarde, Caderno 2, de 19-09-13. Pág. 2).

           19 de setembro de 1846, aparição da Virgem Maria às crianças Maximin Giraud e Mélanie Calvat na montanha de La Salette, França. Em 19 de setembro de 1956, lei autorizou Juscelino Kubitschek a transferir a capital da República do Brasil para Brasília. Em 19 de setembro de 1880, nasceu o músico brasileiro Zequinha de Abreu. Em 19 de setembro de 1921, nasceu o pedagogo brasileiro Paulo Freire. Em 19 de setembro de 1985, morreu o escritor italiano Ítalo Calvino. Em 19 de setembro de 2001, morreu o ator brasileiro Claudio Mamberti. Hoje é comemorado o Dia da Agropecuária do Paraná, Dia da Escola Bíblica, Dia de São Januário, Dia do Adolescente, Dia do Comprador, Dia do Ortopedista no Brasil, Dia do Teatro, Dia Estadual do Garçom em São Paulo, Dia do Gaúcho e Dia Nacional do Teatro.

Uma boa notícia que deu no jornal A Tarde, de 19 de setembro de 2015, 5a. feira:Turismo – Prefeitura vai investir em 93 eventos nas ruas até 1917”. Realizar 93 eventos culturais oficiais e abertos ao público até o Carnaval de 207. O prefeito considerou que o Calendário Oficial de Eventos marca uma “nova era” para a capital baiana, após os nove meses de dificuldades, como apontou. A programação já começa no próximo final de semana, com o Festival as Primavera, no Rio Vermelho (Davi Lemos).

Uma notícia ruim que deu no jornal A Tarde, de 19 de setembro de 2015, 5a. feira: “Paralisação – Bancários entram em greve a partir de hoje”.

Li no Jornal A Tarde, de 19 de setembro de 2015, 5a. feira, que trouxe a seguinte manchete: Justiça – STF decide que 12 condenados terão um novo julgamento”. O ministro Celso de Melo votou a favor de 12 dos 25 condenados em crimes relacionados com o mensalão.

Fiz palavras cruzadas e sudoku.

Li a Revista Época, datada de 16 de setembro de 2013, trouxe como manchete de capa: “2013: Especial Imóveis – Os (novos) bairros mais cobiçados do Brasil”. Onde estão os lançamentos imobiliários mas desejados nas principais capitais. As áreas com maior potencial de valorização nos próximos anos. 15 mil reais é o valor do metro quadrado de imóveis novos no Jardim Paulista, em São Paulo, o mais caro do Brasil.

Até amanhã meus fiéis seguidores!


Nenhum comentário:

Postar um comentário